Negociações (im)possíveis: a preceptoria e os desafios na relação entre ensino e serviço

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borges,Flávia Queiroz
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Hasse,Mariana, Silva,Janaína Paula Costa da, Machado,Maria de Fátima Antero Sousa, Teixeira,Flávia do Bonsucesso
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Médica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022021000400220
Resumo: Resumo: Introdução: O curso de Medicina da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) foi criado em 1954. Em 2011, ocorreu a inclusão dos estágios supervisionados em medicina geral e comunitária I e II no internato, que inseriu os estudantes na rede de serviços da atenção básica do município, processo marcado por conflitos e limitações. Visando solucionar os impasses criados, a UFTM contratou, por meio de concurso público, preceptores de medicina de família e comunidade para atuar na rede municipal. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar o arranjo institucional proposto para otimizar a relação ensino-serviço nos estágios supervisionados da área de medicina de família e comunidade, a partir da percepção de docentes e preceptores do Departamento de Saúde Coletiva que atuam na atenção primária. Método: Trata-se de estudo de caso apoiado em pesquisa documental e entrevistas realizadas com três docentes e três preceptores do curso de Medicina de uma instituição pública. Resultado: A análise temática revelou três núcleos que foram agrupados nas categorias “contexto difícil”, “desencontro de expectativas” e “fios soltos”. O “contexto difícil” exigia a negociação e o deslocamento de poder entre as instituições e seus agentes. A (con)fusão entre os papéis de docente e preceptor produziu “desencontro de expectativas”. Em “fios soltos”, a lacuna entre a universidade e a rede municipal parece intransponível e reiterada a partir do concurso. Conclusão: A realização do concurso e a contratação de preceptores não foram suficientes para superar os desafios da articulação entre a universidade e a rede municipal de saúde. A pesquisa demonstra que não existe caminho simples para a integração ensino-serviço e que a interdependência dos atores aponta para o desafio e a necessidade da construção de agendas e espaços de decisão coletivos.
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