Profissionais de saúde: um ponto de vista sobre a morte e a distanásia
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Educação Médica (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022018000300087 |
Resumo: | RESUMO Para o profissional da saúde, a morte é um tema que se apresenta corriqueiramente, ao depararem-se com a certeza da morte de seus pacientes. O cuidado com o paciente terminal é uma questão de grande relevância, uma vez que o aprimoramento das técnicas e da qualidade da assistência permitem o prolongamento de muitas vidas. A partir desse fato, buscamos conhecer se existe preparo prévio do ponto de vista técnico e emocional do profissional de saúde para evitar a distanásia. Nosso estudo busca analisar qual a percepção dos profissionais diante desse processo de morte e também qual o seu preparo para a promoção de cuidados no fim da vida. Para este fim, foram entrevistados profissionais de saúde que cuidaram de pacientes em estado grave ou terminal, selecionados dentre os trabalhadores de um hospital-escola na cidade de Campinas, buscando contemplar as diferentes categorias profissionais do serviço. Trata-se de um estudo qualitativo que empregou como técnica a entrevista semi-estruturada, abordando a percepção do profissional diante da iminência da morte de seu paciente ou da sua sobrevivência com sequelas e limitações. O material coletado foi analisado pela técnica de análise de conteúdo e a amostra foi limitada por saturação. Foram entrevistados profissionais de diversas categorias da equipe multiprofissional, sendo observados algumas questões em comum em seus discursos, sistematizadas em três eixos temáticos baseados nas percepções do profissional: quanto a própria formação profissional, quanto à dinâmica equipe multiprofissional e quanto ao contato com os familiares, sinalizando para as respectivas conclusões: (1) o desconforto em conversar sobre a morte com o paciente e seus familiares e a sensação de despreparo para abordar o tema, (2) a falta de integração dentro da equipe multiprofissional e (3) a dificuldade de lidar com famílias que muitas vezes não aceitam o processo de morte de seu familiar, além do (4) desconhecimento por parte do profissional dos conceitos envolvidos em cuidados paliativos como “distanásia”, “ortotanásia” e “eutanásia”. Diante dos resultados obtidos, ficou clara a necessidade de uma formação profissional voltada para a discussão do tema da morte, de forma que terminalidade seja um assunto discutido com maior frequência e menos desconforto com pacientes e familiares. Além disso, faz-se necessário o direcionamento da formação das diversas categorias de profissionais de saúde para a integração da equipe multiprofissional, com relações horizontais e discussões dos casos entre todos os profissionais envolvidos no cuidado, a fim de melhorar a sua qualidade. |
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