Covid-19 e o aluno de medicina: qual a participação dos nossos internos?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sales,Jonas Ramos
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Castro,Daniel Bezerra de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Médica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022021000300230
Resumo: Resumo: Introdução: A COVID-19, nova doença infecciosa aguda causada pelo SARS-Cov-2, descoberta na China em dezembro de 2019, é caracterizada - hoje, pela OMS - como pandemia. O regime de distanciamento social implementado em todo o mundo causou importante impacto sobre vários setores, em particular o da educação. As mudanças ocorridas, no Brasil, no âmbito dos cursos de saúde de nível superior, impactaram de forma significativa o desenvolvimento das atividades de internato desempenhadas por acadêmicos de medicina. Objetivo: O estudo buscou identificar as principais mudanças ocorridas na realização do internato dos estudantes de medicina e a visão do interno mediante tais mudanças. Método: Foi elaborado questionário na plataforma Google Forms acerca do impacto da pandemia por COVID-19 nas atividades do internato de medicina. O universo pesquisado era composto por internos de medicina das universidades públicas e privadas de Fortaleza. Os dados coletados foram armazenados em planilhas de Excel e depois analisados no software SPSS. O teste do qui-quadrado e o de associação linear foram utilizados para avaliar a associação entre as variáveis categóricas nominais e ordinais. Em algumas comparações foi também calculado o V de Cramer. O nível de significância para todos os testes foi considerado com base no p<0,05. Resultado: A amostra foi composta por 303 estudantes, dos quais 195 (64,4%) não pararam suas atividades de internato e 108 (35,6%) pararam tais atividades. Esses alunos utilizaram alguns motivos principais como justificativas para a paralisação ou não de suas atividades, bem como responderam, em maioria, terem tido estímulo de seus professores para escolher uma dessas duas opções. Dos que não prosseguiram com o internato, 71,3% disseram terem se sentido prejudicados com a paralisação. Além disso, uma série de correlações foram observadas a partir da comparação das respostas de alunos divididos por semestres ou por tipos de instituição (pública ou privada). Conclusão: A pandemia por COVID-19 determinou impacto negativo na realização das atividades de internato por estudantes de medicina. Dessa forma, fica clara a necessidade por estudo de estratégias que minimizem os danos infligidos aos internos de medicina, acarretados por essa crise mundial.
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