Associação entre Empatia e Personalidade em Estudantes de Medicina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Claudino,Felipe Cesar de Almeida
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Lucena,Marcelle Medeiros, Silva,Enri Bobsin da, Baroffio,Anne, Gerbase,Margaret Weidenbach
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Médica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022020000400211
Resumo: Resumo: Introdução: A empatia é um atributo valorizado como competência médica que influencia positivamente a relação médico-paciente e repercute na adesão ao tratamento e na melhora clínica. Estudos prévios indicam que há correlação entre personalidade e empatia em estudantes de Medicina, mas não existem, até o momento, dados referentes na literatura nacional. Este estudo teve como objetivos analisar a capacidade de empatia e os domínios de personalidade e investigar a correlação entre empatia e personalidade em estudantes de Medicina brasileiros. Métodos: Aplicaram-se dois instrumentos em estudantes do primeiro ano do curso de Medicina, nos anos de 2015 e 2017, para avaliar empatia e personalidade por meio das seguintes escalas: Jefferson Scale Empathy - Students version (JSE-S) e NEO-Five Factor Inventory (NEO-FFI). Foi realizada análise descritiva dos dados contendo média, escores mínimo e máximo, correlação e regressão linear de personalidade e empatia. Resultados: Preencheram os instrumentos 164 (96,4%) estudantes, sendo 50,5% do sexo feminino. A média do escore global da JSE-S foi de 117,6 ± 10,9, sendo a média feminina (119,5 ± 10,5) e masculina (115,7 ± 11) com diferença significativa (p < 0,01). No NEO-FFI, a conscienciosidade obteve a maior média global (29,1 ± 3,8), e coube ao neuroticismo a menor média (21,7 ± 4,7). No grupo feminino, a maior média foi encontrada em conscienciosidade (29,4 ± 3,8); e a menor, em abertura para experiência (20,6 ± 3,3). No grupo masculino, conscienciosidade (29,4±3,9) e neuroticismo (21,6±4,2) obtiveram as maiores e menores médias. Constatou-se diferença significativa entre os sexos no escore global da JSE-S, em abertura para experiência e socialização. As correlações encontradas entre empatia e personalidade foram fracas, e nenhuma delas foi estatisticamente significativa. Conclusão: As médias dos domínios de personalidade diferem entre os sexos, e, no presente estudo, em avaliação transversal, não houve correlação forte da personalidade e empatia em estudantes de Medicina. Estudos com abordagem longitudinal são necessários para elucidar modulações na empatia e personalidade, nos diferentes momentos da formação médica.
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