Cuidados Paliativos: Importância do Tema para Discentes de Graduação em Medicina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia,Divanise Suruagy
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Bezerra,Maria Erigleide da Silva, Lucena,Thatiane Silva de, Farias,Maria Stella Jakeline Alves de, Freitas,Daniel Antunes, Riscado,Jorge Luis de Souza
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Médica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022018000300078
Resumo: RESUMO Introdução Cuidados paliativos são ações que buscam atuar na qualidade de vida de pessoas doentes e de seus familiares, aliviando e prevenindo o sofrimento diante de uma doença terminal. A inserção da temática dos cuidados paliativos no currículo da graduação em Medicina auxiliaria futuros médicos a enfrentar as limitações/implicações a que serão submetidos em sua vida profissional e até mesmo durante a graduação. Objetivo Identificar a importância da temática dos cuidados paliativos para discentes da graduação em Medicina. Metodologia Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e transversal. Foi utilizada uma versão adaptada do instrumento PEAS – Physicians’ End-of-Life Care Attitude Scale. Foram usadas 37 questões do tipo Likert, buscando atender às finalidades do estudo. A coleta ocorreu em 2015, em amostra aleatória, não probabilística, composta por 134 estudantes que cursavam os dois últimos anos (internato) da graduação de Medicina de uma universidade federal brasileira. Os dados foram analisados pelo programa SPSS. Resultados Dos 134 participantes, 59,7% eram do sexo feminino, com idades entre 22 e 37 anos. Os resultados apontam que 85,84% dos estudantes necessitam de alguma supervisão ou instrução básica para discutir a respeito de cuidados paliativos e sobre a retirada de tratamento com pacientes e familiares. Com relação ao manejo clínico do paciente terminal, 78,35% se consideram capazes de manejar sozinhos, ou sob supervisão mínima, sintomas como constipação ou vômitos, entretanto apenas 19,05% se consideram capazes de manejar sintomas como delirium ou dispneia terminais. Apesar de 41,8% dos estudantes não se preocuparem com sua própria morte, 88,1% se sentem ansiosos ou desconfortáveis diante da morte do seu paciente. A inclusão, no currículo de Medicina, de habilidades de comunicação em cuidados paliativos e em ética sobre o fim da vida foi considerada importante ou muito importante por 95,5% dos estudantes entrevistados. Conclusão Os dados demonstraram que os discentes identificam as deficiências ocasionadas pela ausência ou limitação do ensino de cuidados paliativos na graduação e têm interesse em ver a temática incluída como disciplina no currículo médico, o que sugere a realização de mais estudos sobre o tema.
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