Análise da Percepção de Acadêmicos sobre o Ensino de Urgência e Emergência em Curso Médico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sorte,Érica Manuela da Silva Boa
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Silva,Jéssica Novais Fonseca da, Santos,Carlos Gabriel dos, Pinho,Paula Dandara Correia de, Nascimento,Jairo Evangelista, Reis,Claudiojanes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Médica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022020000300201
Resumo: Resumo: Introdução: O atendimento em urgência e emergência (UE) envolve situações de risco que exigem intervenção imediata para aumentar as chances de sobrevivência do paciente. O ensino dessa disciplina durante a graduação de Medicina não tem sido efetivo, e os alunos apresentam deficiência no atendimento, tornando-se importante realizar avaliação para conhecer a realidade sobre esse processo formativo. O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento e a satisfação pessoal dos acadêmicos de Medicina que se encontram no internato quanto à disciplina de Urgência e Emergência, em faculdade privada do norte de Minas Gerais. Método: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e descritivo, com aplicação de 185 questionários que abordaram dados demográficos, conhecimento da política de atenção à UE aplicada ao Samu, conhecimento da epidemiologia dos atendimentos pré-hospitalares do Samu, avaliação e conduta durante o atendimento, e percepção do ensino de UE. A população foi constituída por estudantes de Medicina, do oitavo ao 12º período, divididos em dois grupos em relação ao estágio em UE. Realizou-se análise estatística por meio do teste qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher com significância p < 0,05. Resultados: A população foi predominantemente do sexo feminino. Quanto à opção de trabalho, 123 (66,5%) dos estudantes optaram por consultório médico, 35,1% escolheram os serviços de UE, e 95 (51,4%) citaram a saúde da família. Quanto aos profissionais que compõem a ambulância básica ou avançada, 40,5% e 54,1% acertaram a composição da básica e avançada, respectivamente, sendo estatisticamente significante com p-valor 0,001 e 0,002. Dos participantes do estudo, 15,7% marcaram corretamente todas as causas de atendimento pelo Samu, e 36,2% acertaram a natureza clínica como a maior demanda de atendimento. Não houve diferenças estatísticas quanto à percepção da importância do conhecimento do médico generalista sobre UE. Quanto à percepção dos acadêmicos em relação à própria formação, foi identificada diferença estatística nas questões relacionadas às temáticas triagem - Protocolo de Manchester, monitorização, suporte básico e avançado de vida, e emergências pediátricas. Conclusões: O ensino de UE, na percepção dos alunos, mostra-se efetivo nessa avaliação, mas com lacunas em urgências pediátricas e toxicológicas. Os alunos formam-se inseguros quanto ao atendimento nessa área. Há a necessidade de discutir mais essa temática por causa da relevância dela para a prática profissional.
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