Análise da Percepção de Acadêmicos sobre o Ensino de Urgência e Emergência em Curso Médico
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Educação Médica (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022020000300201 |
Resumo: | Resumo: Introdução: O atendimento em urgência e emergência (UE) envolve situações de risco que exigem intervenção imediata para aumentar as chances de sobrevivência do paciente. O ensino dessa disciplina durante a graduação de Medicina não tem sido efetivo, e os alunos apresentam deficiência no atendimento, tornando-se importante realizar avaliação para conhecer a realidade sobre esse processo formativo. O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento e a satisfação pessoal dos acadêmicos de Medicina que se encontram no internato quanto à disciplina de Urgência e Emergência, em faculdade privada do norte de Minas Gerais. Método: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e descritivo, com aplicação de 185 questionários que abordaram dados demográficos, conhecimento da política de atenção à UE aplicada ao Samu, conhecimento da epidemiologia dos atendimentos pré-hospitalares do Samu, avaliação e conduta durante o atendimento, e percepção do ensino de UE. A população foi constituída por estudantes de Medicina, do oitavo ao 12º período, divididos em dois grupos em relação ao estágio em UE. Realizou-se análise estatística por meio do teste qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher com significância p < 0,05. Resultados: A população foi predominantemente do sexo feminino. Quanto à opção de trabalho, 123 (66,5%) dos estudantes optaram por consultório médico, 35,1% escolheram os serviços de UE, e 95 (51,4%) citaram a saúde da família. Quanto aos profissionais que compõem a ambulância básica ou avançada, 40,5% e 54,1% acertaram a composição da básica e avançada, respectivamente, sendo estatisticamente significante com p-valor 0,001 e 0,002. Dos participantes do estudo, 15,7% marcaram corretamente todas as causas de atendimento pelo Samu, e 36,2% acertaram a natureza clínica como a maior demanda de atendimento. Não houve diferenças estatísticas quanto à percepção da importância do conhecimento do médico generalista sobre UE. Quanto à percepção dos acadêmicos em relação à própria formação, foi identificada diferença estatística nas questões relacionadas às temáticas triagem - Protocolo de Manchester, monitorização, suporte básico e avançado de vida, e emergências pediátricas. Conclusões: O ensino de UE, na percepção dos alunos, mostra-se efetivo nessa avaliação, mas com lacunas em urgências pediátricas e toxicológicas. Os alunos formam-se inseguros quanto ao atendimento nessa área. Há a necessidade de discutir mais essa temática por causa da relevância dela para a prática profissional. |
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Análise da Percepção de Acadêmicos sobre o Ensino de Urgência e Emergência em Curso MédicoMedicina de EmergênciaAtendimento Pré-HospitalarEducação MédicaAtendimento de UrgênciaResumo: Introdução: O atendimento em urgência e emergência (UE) envolve situações de risco que exigem intervenção imediata para aumentar as chances de sobrevivência do paciente. O ensino dessa disciplina durante a graduação de Medicina não tem sido efetivo, e os alunos apresentam deficiência no atendimento, tornando-se importante realizar avaliação para conhecer a realidade sobre esse processo formativo. O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento e a satisfação pessoal dos acadêmicos de Medicina que se encontram no internato quanto à disciplina de Urgência e Emergência, em faculdade privada do norte de Minas Gerais. Método: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e descritivo, com aplicação de 185 questionários que abordaram dados demográficos, conhecimento da política de atenção à UE aplicada ao Samu, conhecimento da epidemiologia dos atendimentos pré-hospitalares do Samu, avaliação e conduta durante o atendimento, e percepção do ensino de UE. A população foi constituída por estudantes de Medicina, do oitavo ao 12º período, divididos em dois grupos em relação ao estágio em UE. Realizou-se análise estatística por meio do teste qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher com significância p < 0,05. Resultados: A população foi predominantemente do sexo feminino. Quanto à opção de trabalho, 123 (66,5%) dos estudantes optaram por consultório médico, 35,1% escolheram os serviços de UE, e 95 (51,4%) citaram a saúde da família. Quanto aos profissionais que compõem a ambulância básica ou avançada, 40,5% e 54,1% acertaram a composição da básica e avançada, respectivamente, sendo estatisticamente significante com p-valor 0,001 e 0,002. Dos participantes do estudo, 15,7% marcaram corretamente todas as causas de atendimento pelo Samu, e 36,2% acertaram a natureza clínica como a maior demanda de atendimento. Não houve diferenças estatísticas quanto à percepção da importância do conhecimento do médico generalista sobre UE. Quanto à percepção dos acadêmicos em relação à própria formação, foi identificada diferença estatística nas questões relacionadas às temáticas triagem - Protocolo de Manchester, monitorização, suporte básico e avançado de vida, e emergências pediátricas. Conclusões: O ensino de UE, na percepção dos alunos, mostra-se efetivo nessa avaliação, mas com lacunas em urgências pediátricas e toxicológicas. Os alunos formam-se inseguros quanto ao atendimento nessa área. Há a necessidade de discutir mais essa temática por causa da relevância dela para a prática profissional.Associação Brasileira de Educação Médica2020-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022020000300201Revista Brasileira de Educação Médica v.44 n.3 2020reponame:Revista Brasileira de Educação Médica (Online)instname:Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM)instacron:ABEM10.1590/1981-5271v44.3-20190193info:eu-repo/semantics/openAccessSorte,Érica Manuela da Silva BoaSilva,Jéssica Novais Fonseca daSantos,Carlos Gabriel dosPinho,Paula Dandara Correia deNascimento,Jairo EvangelistaReis,Claudiojanespor2020-06-01T00:00:00Zoai:scielo:S0100-55022020000300201Revistahttp://www.educacaomedica.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevista@abem-educmed.org.br||revista@educacaomedica.org.br1981-52710100-5502opendoar:2020-06-01T00:00Revista Brasileira de Educação Médica (Online) - Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM)false |
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Resumo: Introdução: O atendimento em urgência e emergência (UE) envolve situações de risco que exigem intervenção imediata para aumentar as chances de sobrevivência do paciente. O ensino dessa disciplina durante a graduação de Medicina não tem sido efetivo, e os alunos apresentam deficiência no atendimento, tornando-se importante realizar avaliação para conhecer a realidade sobre esse processo formativo. O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento e a satisfação pessoal dos acadêmicos de Medicina que se encontram no internato quanto à disciplina de Urgência e Emergência, em faculdade privada do norte de Minas Gerais. Método: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e descritivo, com aplicação de 185 questionários que abordaram dados demográficos, conhecimento da política de atenção à UE aplicada ao Samu, conhecimento da epidemiologia dos atendimentos pré-hospitalares do Samu, avaliação e conduta durante o atendimento, e percepção do ensino de UE. A população foi constituída por estudantes de Medicina, do oitavo ao 12º período, divididos em dois grupos em relação ao estágio em UE. Realizou-se análise estatística por meio do teste qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher com significância p < 0,05. Resultados: A população foi predominantemente do sexo feminino. Quanto à opção de trabalho, 123 (66,5%) dos estudantes optaram por consultório médico, 35,1% escolheram os serviços de UE, e 95 (51,4%) citaram a saúde da família. Quanto aos profissionais que compõem a ambulância básica ou avançada, 40,5% e 54,1% acertaram a composição da básica e avançada, respectivamente, sendo estatisticamente significante com p-valor 0,001 e 0,002. Dos participantes do estudo, 15,7% marcaram corretamente todas as causas de atendimento pelo Samu, e 36,2% acertaram a natureza clínica como a maior demanda de atendimento. Não houve diferenças estatísticas quanto à percepção da importância do conhecimento do médico generalista sobre UE. Quanto à percepção dos acadêmicos em relação à própria formação, foi identificada diferença estatística nas questões relacionadas às temáticas triagem - Protocolo de Manchester, monitorização, suporte básico e avançado de vida, e emergências pediátricas. Conclusões: O ensino de UE, na percepção dos alunos, mostra-se efetivo nessa avaliação, mas com lacunas em urgências pediátricas e toxicológicas. Os alunos formam-se inseguros quanto ao atendimento nessa área. Há a necessidade de discutir mais essa temática por causa da relevância dela para a prática profissional. |
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