Estratégia Educacional em Saúde Mental para Médicos da Atenção Básica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Educação Médica (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022018000100006 |
Resumo: | RESUMO Introdução: A Estratégia de Saúde da Família e a Reforma da Assistência Psiquiátrica Brasileira têm trazido contribuições importantes para a melhora da atenção em saúde no País. Ambas defendem os princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS) e propõem uma mudança no modelo de assistência à saúde, privilegiando a descentralização e a abordagem comunitária/familiar em detrimento do modelo tradicional, centralizador e voltado para o hospital Objetivos: Este artigo objetiva fornecer elementos práticos que poderão servir de modelo para a implantação de estratégias educacionais em saúde mental, para médicos que atuam na atenção básica, no contexto da realidade brasileira. Métodos: Trata-se de um estudo de investigação educacional, de enfoque qualitativo, construído com base na metodologia de triangulação de dados, colhidos em revisão da literatura, aplicação de questionários e grupos focais. O estudo foi conduzido na cidade de Sobral (CE) e contou com a participação de 26 médicos, lotados em 28 Unidades Básicas de Saúde, além de três docentes de escolas médicas brasileiras. Resultados: A maioria dos médicos de família se sentiu despreparada para o atendimento das demandas de saúde mental e identificou falhas importantes na formação durante a graduação médica. Segundo eles, os temas de saúde mental foram insuficientes, de cunho eminentemente hospitalar, curativo e fora do contexto da atenção comunitária. Em alguns casos, a formação ocorreu de maneira bastante negativa, reforçando preconceitos e tabus em relação ao atendimento psiquiátrico e criando barreiras que dificultaram o interesse e a disponibilidade desses médicos para atender pacientes portadores de transtornos mentais. A estratégia educacional resultante deste estudo oferece às equipes de saúde e às instituições formadoras de recursos humanos referências conceituais, práticas e metodológicas para a elaboração de programas de qualificação em saúde mental, no contexto da atenção básica à saúde. Conclusões: As ferramentas de identificação de necessidades de aprendizado em saúde utilizadas neste estudo mostraram-se úteis na elaboração de programas de educação permanente junto aos profissionais da rede básica. Para maior validação da proposta, recomenda-se sua aplicação e avaliação em outros municípios brasileiros. |
id |
ABEM-1_fb3467937eeecfc41969d5c181fbdfbd |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0100-55022018000100006 |
network_acronym_str |
ABEM-1 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Educação Médica (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Estratégia Educacional em Saúde Mental para Médicos da Atenção BásicaSaúde MentalAtenção Primária à SaúdeMedicina de Família e ComunidadeRESUMO Introdução: A Estratégia de Saúde da Família e a Reforma da Assistência Psiquiátrica Brasileira têm trazido contribuições importantes para a melhora da atenção em saúde no País. Ambas defendem os princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS) e propõem uma mudança no modelo de assistência à saúde, privilegiando a descentralização e a abordagem comunitária/familiar em detrimento do modelo tradicional, centralizador e voltado para o hospital Objetivos: Este artigo objetiva fornecer elementos práticos que poderão servir de modelo para a implantação de estratégias educacionais em saúde mental, para médicos que atuam na atenção básica, no contexto da realidade brasileira. Métodos: Trata-se de um estudo de investigação educacional, de enfoque qualitativo, construído com base na metodologia de triangulação de dados, colhidos em revisão da literatura, aplicação de questionários e grupos focais. O estudo foi conduzido na cidade de Sobral (CE) e contou com a participação de 26 médicos, lotados em 28 Unidades Básicas de Saúde, além de três docentes de escolas médicas brasileiras. Resultados: A maioria dos médicos de família se sentiu despreparada para o atendimento das demandas de saúde mental e identificou falhas importantes na formação durante a graduação médica. Segundo eles, os temas de saúde mental foram insuficientes, de cunho eminentemente hospitalar, curativo e fora do contexto da atenção comunitária. Em alguns casos, a formação ocorreu de maneira bastante negativa, reforçando preconceitos e tabus em relação ao atendimento psiquiátrico e criando barreiras que dificultaram o interesse e a disponibilidade desses médicos para atender pacientes portadores de transtornos mentais. A estratégia educacional resultante deste estudo oferece às equipes de saúde e às instituições formadoras de recursos humanos referências conceituais, práticas e metodológicas para a elaboração de programas de qualificação em saúde mental, no contexto da atenção básica à saúde. Conclusões: As ferramentas de identificação de necessidades de aprendizado em saúde utilizadas neste estudo mostraram-se úteis na elaboração de programas de educação permanente junto aos profissionais da rede básica. Para maior validação da proposta, recomenda-se sua aplicação e avaliação em outros municípios brasileiros.Associação Brasileira de Educação Médica2018-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022018000100006Revista Brasileira de Educação Médica v.42 n.1 2018reponame:Revista Brasileira de Educação Médica (Online)instname:Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM)instacron:ABEM10.1590/1981-52712015v41n4rb20160021info:eu-repo/semantics/openAccessPereira,Alexandre de AraújoAndrade,Daniela Correia Leitepor2021-01-19T00:00:00Zoai:scielo:S0100-55022018000100006Revistahttp://www.educacaomedica.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevista@abem-educmed.org.br||revista@educacaomedica.org.br1981-52710100-5502opendoar:2021-01-19T00:00Revista Brasileira de Educação Médica (Online) - Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Estratégia Educacional em Saúde Mental para Médicos da Atenção Básica |
title |
Estratégia Educacional em Saúde Mental para Médicos da Atenção Básica |
spellingShingle |
Estratégia Educacional em Saúde Mental para Médicos da Atenção Básica Pereira,Alexandre de Araújo Saúde Mental Atenção Primária à Saúde Medicina de Família e Comunidade |
title_short |
Estratégia Educacional em Saúde Mental para Médicos da Atenção Básica |
title_full |
Estratégia Educacional em Saúde Mental para Médicos da Atenção Básica |
title_fullStr |
Estratégia Educacional em Saúde Mental para Médicos da Atenção Básica |
title_full_unstemmed |
Estratégia Educacional em Saúde Mental para Médicos da Atenção Básica |
title_sort |
Estratégia Educacional em Saúde Mental para Médicos da Atenção Básica |
author |
Pereira,Alexandre de Araújo |
author_facet |
Pereira,Alexandre de Araújo Andrade,Daniela Correia Leite |
author_role |
author |
author2 |
Andrade,Daniela Correia Leite |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pereira,Alexandre de Araújo Andrade,Daniela Correia Leite |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Saúde Mental Atenção Primária à Saúde Medicina de Família e Comunidade |
topic |
Saúde Mental Atenção Primária à Saúde Medicina de Família e Comunidade |
description |
RESUMO Introdução: A Estratégia de Saúde da Família e a Reforma da Assistência Psiquiátrica Brasileira têm trazido contribuições importantes para a melhora da atenção em saúde no País. Ambas defendem os princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS) e propõem uma mudança no modelo de assistência à saúde, privilegiando a descentralização e a abordagem comunitária/familiar em detrimento do modelo tradicional, centralizador e voltado para o hospital Objetivos: Este artigo objetiva fornecer elementos práticos que poderão servir de modelo para a implantação de estratégias educacionais em saúde mental, para médicos que atuam na atenção básica, no contexto da realidade brasileira. Métodos: Trata-se de um estudo de investigação educacional, de enfoque qualitativo, construído com base na metodologia de triangulação de dados, colhidos em revisão da literatura, aplicação de questionários e grupos focais. O estudo foi conduzido na cidade de Sobral (CE) e contou com a participação de 26 médicos, lotados em 28 Unidades Básicas de Saúde, além de três docentes de escolas médicas brasileiras. Resultados: A maioria dos médicos de família se sentiu despreparada para o atendimento das demandas de saúde mental e identificou falhas importantes na formação durante a graduação médica. Segundo eles, os temas de saúde mental foram insuficientes, de cunho eminentemente hospitalar, curativo e fora do contexto da atenção comunitária. Em alguns casos, a formação ocorreu de maneira bastante negativa, reforçando preconceitos e tabus em relação ao atendimento psiquiátrico e criando barreiras que dificultaram o interesse e a disponibilidade desses médicos para atender pacientes portadores de transtornos mentais. A estratégia educacional resultante deste estudo oferece às equipes de saúde e às instituições formadoras de recursos humanos referências conceituais, práticas e metodológicas para a elaboração de programas de qualificação em saúde mental, no contexto da atenção básica à saúde. Conclusões: As ferramentas de identificação de necessidades de aprendizado em saúde utilizadas neste estudo mostraram-se úteis na elaboração de programas de educação permanente junto aos profissionais da rede básica. Para maior validação da proposta, recomenda-se sua aplicação e avaliação em outros municípios brasileiros. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022018000100006 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022018000100006 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/1981-52712015v41n4rb20160021 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Educação Médica |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Educação Médica |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Educação Médica v.42 n.1 2018 reponame:Revista Brasileira de Educação Médica (Online) instname:Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) instacron:ABEM |
instname_str |
Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) |
instacron_str |
ABEM |
institution |
ABEM |
reponame_str |
Revista Brasileira de Educação Médica (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Educação Médica (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Educação Médica (Online) - Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) |
repository.mail.fl_str_mv |
revista@abem-educmed.org.br||revista@educacaomedica.org.br |
_version_ |
1754303006876106752 |