Para Além da Formação Tradicional em Saúde: Experiência de Educação Popular em Saúde na Formação Médica
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Relatório |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Educação Médica (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022019000300184 |
Resumo: | RESUMO Nos últimos anos, a formação médica tem estado no cerne de diferentes discussões e políticas no campo da saúde. Embora o ensino médico brasileiro venha evoluindo, seja em aspectos curriculares ou metodológicos, ainda há importantes lacunas a preencher para se garantir uma formação integral e humanista. Não basta transformar as metodologias e a grade curricular; é fundamental inserir os estudantes em espaços de prática e reflexão, capazes de afetar positivamente seus “mundos existenciais”. Uma possível ferramenta de construção desses espaços seria a extensão universitária, entendida como um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político capaz de favorecer a interação entre a universidade e os mais diversos setores da sociedade, transformando-os mutuamente. Este artigo apresenta e analisa os impactos de uma ação extensionista baseada na Educação Popular em Saúde, desenvolvida em um assentamento do interior da Bahia, na formação dos estudantes de Medicina participantes, segundo a percepção destes. Foram analisados, por meio da análise de conteúdo, os diários de campo e as entrevistas semiestruturadas realizadas com dez discentes de Medicina, participantes do programa “A participação social e a garantia do direito à saúde: planejamento intersetorial, arte, mobilização social e educação popular, em um assentamento da Bahia”. Os resultados indicam que o ensino tradicional da medicina por vezes negligencia o ser humano em toda a sua potencialidade, bem como seu contexto social, político e cultural; poucas são as possibilidades nos currículos de atuação real em comunidade; as atividades práticas se restringem muitas vezes ao âmbito hospitalar; poucas são as oportunidades de trocas e diálogos com discentes de outros cursos de graduação. Conclui-se que a extensão universitária pode favorecer importantes processos de mudanças no ensino médico ao possibilitar uma compreensão ampla dos indivíduos, de suas relações e de seus modos de viver no mundo. |
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Para Além da Formação Tradicional em Saúde: Experiência de Educação Popular em Saúde na Formação Médica–Educação Médica–Promoção da Saúde–Relações Comunidade- -InstituiçãoRESUMO Nos últimos anos, a formação médica tem estado no cerne de diferentes discussões e políticas no campo da saúde. Embora o ensino médico brasileiro venha evoluindo, seja em aspectos curriculares ou metodológicos, ainda há importantes lacunas a preencher para se garantir uma formação integral e humanista. Não basta transformar as metodologias e a grade curricular; é fundamental inserir os estudantes em espaços de prática e reflexão, capazes de afetar positivamente seus “mundos existenciais”. Uma possível ferramenta de construção desses espaços seria a extensão universitária, entendida como um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político capaz de favorecer a interação entre a universidade e os mais diversos setores da sociedade, transformando-os mutuamente. Este artigo apresenta e analisa os impactos de uma ação extensionista baseada na Educação Popular em Saúde, desenvolvida em um assentamento do interior da Bahia, na formação dos estudantes de Medicina participantes, segundo a percepção destes. Foram analisados, por meio da análise de conteúdo, os diários de campo e as entrevistas semiestruturadas realizadas com dez discentes de Medicina, participantes do programa “A participação social e a garantia do direito à saúde: planejamento intersetorial, arte, mobilização social e educação popular, em um assentamento da Bahia”. Os resultados indicam que o ensino tradicional da medicina por vezes negligencia o ser humano em toda a sua potencialidade, bem como seu contexto social, político e cultural; poucas são as possibilidades nos currículos de atuação real em comunidade; as atividades práticas se restringem muitas vezes ao âmbito hospitalar; poucas são as oportunidades de trocas e diálogos com discentes de outros cursos de graduação. Conclui-se que a extensão universitária pode favorecer importantes processos de mudanças no ensino médico ao possibilitar uma compreensão ampla dos indivíduos, de suas relações e de seus modos de viver no mundo.Associação Brasileira de Educação Médica2019-07-01info:eu-repo/semantics/reportinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022019000300184Revista Brasileira de Educação Médica v.43 n.3 2019reponame:Revista Brasileira de Educação Médica (Online)instname:Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM)instacron:ABEM10.1590/1981-52712015v43n3rb20180199info:eu-repo/semantics/openAccessRios,David Ramos da SilvaCaputo,Maria Constantinapor2019-05-20T00:00:00Zoai:scielo:S0100-55022019000300184Revistahttp://www.educacaomedica.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevista@abem-educmed.org.br||revista@educacaomedica.org.br1981-52710100-5502opendoar:2019-05-20T00:00Revista Brasileira de Educação Médica (Online) - Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM)false |
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