Densidade radicular de progênies de pupunheira em função de adubação NPK

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bovi,Marilene L. A.
Data de Publicação: 1999
Outros Autores: Spiering,Sandra H., Barbosa,Antonia Marlene M.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Horticultura Brasileira
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-05361999000300003
Resumo: O uso eficiente de fertilizantes requer o conhecimento de seus efeitos tanto na biomassa aérea quanto na radicular, permitindo que se identifique uma adubação adequada do ponto de vista de uma melhor partição entre ambas. A massa de raízes secas por volume de solo vem sendo utilizada, principalmente em espécies perenes, como subsídio para estimativas de biomassa radicular. Com esse objetivo, foram estudados os efeitos da adubação NPK na densidade radicular de três progênies de pupunheira (Bactris gasipaes Kunth), cultivadas em um Aluvial álico (corrigido por meio de calagem) em Ubatuba, SP (clima "Cfa"), durante o ano de 1993. O delineamento foi um fatorial fracionado, composto por quatro doses crescentes de nitrogênio (0 a 400 kg/ha/ano de N), fósforo (0 a 200 kg/ha/ano de P2O5 ) e potássio (0 a 200 kg/ha/ano de K2O), em experimento integrado (progênies e adubação). As amostras foram coletadas por ocasião da primeira colheita de palmito (outubro de 1993), quando as plantas (cultivadas no espaçamento de 2 x 1 m) tinham cerca de dois anos de campo. Utilizou-se o método do trado, coletando-se, por parcela experimental, duas amostras na linha e duas na entrelinha. Houve diferenças entre genótipos (GE), com as progênies 2 e 3 apresentando, em média, maior densidade radicular que a progênie 1 (5,15 e 6,20 contra 2,61 g/dm³, respectivamente). A interação GE x PO (posição da amostra) foi significativa, sendo que para as progênies 1 e 2 a maior densidade radicular foi obtida na linha (3,30 e 6,60 g/dm³ na linha, contra 1,92 e 4,70 g/dm³ na entrelinha, respectivamente), enquanto para a 3 a ordem foi inversa (5,57 g/dm³ na linha e 6,84 g/dm³ na entrelinha). Doses crescentes de potássio (K) apresentaram efeitos lineares positivos e significativos (R² =0,93 a 0,97) na densidade radicular das três progênies, com acréscimos entre dose mínima e máxima variando de 18 a 28%. Não houve efeito significativo isolado de P, enquanto doses crescentes de N proporcionaram um efeito linear positivo e significativo, mais evidente na progênie 1 (médias de 2,26, 2,39, 2,62 e 3,16 g/dm³ para as doses 0, 100, 200 e 400 kg/ha/ano de N, respectivamente). Não houve interação estatisticamente significativa entre GE e fertilizantes aplicados (NPK), exceto para GE x N x P. Embora com respostas diferenciais de acordo com a progênie, constatou-se que a maior densidade radicular foi sempre obtida nas doses mais elevadas de N.
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