Eficácia relativa de porta-enxertos comerciais de tomateiro no controle da murcha-bacteriana
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Horticultura Brasileira |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-05362015000100125 |
Resumo: | A murcha-bacteriana causada por Ralstonia solanacearum é uma das principais doenças das solanáceas em climas tropicais. Historicamente limitante à produção de tomate na Região Norte do Brasil, passou a ser uma séria ameaça ao tomateiro também nas Regiões Sul e Sudeste após a expansão do cultivo protegido. Embora fontes de resistência à doença tenham sido identificadas em germoplasma de tomateiro, cultivares comerciais resistentes ainda não estão disponíveis no mercado. O uso de porta-enxerto comerciais de tomate tem se popularizado pelo fato de, além de proteger a planta contra a doença, reduzir o problema de incompatibilidade associada ao uso de espécies/gêneros diferentes. O objetivo deste trabalho foi avaliar, em casa de vegetação, os níveis de resistência à murcha bacteriana dos principais porta-enxertos comerciais de tomateiro, levando em conta a variabilidade patogênica de um conjunto de isolados de R. solanacearum. Foi observada uma clara distinção na incidência da doença entre os genótipos, e a reação foi do tipo isolado-dependente. Os porta-enxertos mais resistentes foram os híbridos 'Muralha' e 'Guardião', que não diferiram, para a maioria dos isolados, da linhagem 'Hawaii 7996' (padrão internacional de resistência) e apresentaram comportamento superior em relação aos híbridos 'Magnet' e 'Protetor'. Entretanto, todos os porta-enxertos avaliados sucumbiram à alta virulência do isolado CNPH 488 (Raça 1 / Biovar 2, coletado no estado do Paraná), que provocou a morte da totalidade das plantas. Quando avaliados em solo artificialmente infestado, com menor pressão de inóculo, 'Guardião' e 'Muralha' apresentaram, novamente, um desempenho significativamente superior ao de outros porta-enxertos. Os resultados obtidos reforçam que alguns porta-enxertos oferecem boa proteção do tomateiro contra a murcha-bacteriana sob condições normais de cultivo. Entretanto, em condições ambientais muito favoráveis à doença e/ou na presença de isolados muito virulentos, dificilmente o sistema de enxertia de tomateiro em tomateiro per se protegerá adequadamente a planta enxertada. Tal cenário exige medidas complementares e antecipadas de controle que visem a reduzir a população de R. solanacearum no solo ou escolha de ambiente menos propício à sua multiplicação. |
id |
ABH-1_c2a62af3816ae14a6dd8f6ce07b96049 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0102-05362015000100125 |
network_acronym_str |
ABH-1 |
network_name_str |
Horticultura Brasileira |
repository_id_str |
|
spelling |
Eficácia relativa de porta-enxertos comerciais de tomateiro no controle da murcha-bacterianaSolanum lycopersicumRalsonia solanacearumresistência genéticaenxertiatomate.A murcha-bacteriana causada por Ralstonia solanacearum é uma das principais doenças das solanáceas em climas tropicais. Historicamente limitante à produção de tomate na Região Norte do Brasil, passou a ser uma séria ameaça ao tomateiro também nas Regiões Sul e Sudeste após a expansão do cultivo protegido. Embora fontes de resistência à doença tenham sido identificadas em germoplasma de tomateiro, cultivares comerciais resistentes ainda não estão disponíveis no mercado. O uso de porta-enxerto comerciais de tomate tem se popularizado pelo fato de, além de proteger a planta contra a doença, reduzir o problema de incompatibilidade associada ao uso de espécies/gêneros diferentes. O objetivo deste trabalho foi avaliar, em casa de vegetação, os níveis de resistência à murcha bacteriana dos principais porta-enxertos comerciais de tomateiro, levando em conta a variabilidade patogênica de um conjunto de isolados de R. solanacearum. Foi observada uma clara distinção na incidência da doença entre os genótipos, e a reação foi do tipo isolado-dependente. Os porta-enxertos mais resistentes foram os híbridos 'Muralha' e 'Guardião', que não diferiram, para a maioria dos isolados, da linhagem 'Hawaii 7996' (padrão internacional de resistência) e apresentaram comportamento superior em relação aos híbridos 'Magnet' e 'Protetor'. Entretanto, todos os porta-enxertos avaliados sucumbiram à alta virulência do isolado CNPH 488 (Raça 1 / Biovar 2, coletado no estado do Paraná), que provocou a morte da totalidade das plantas. Quando avaliados em solo artificialmente infestado, com menor pressão de inóculo, 'Guardião' e 'Muralha' apresentaram, novamente, um desempenho significativamente superior ao de outros porta-enxertos. Os resultados obtidos reforçam que alguns porta-enxertos oferecem boa proteção do tomateiro contra a murcha-bacteriana sob condições normais de cultivo. Entretanto, em condições ambientais muito favoráveis à doença e/ou na presença de isolados muito virulentos, dificilmente o sistema de enxertia de tomateiro em tomateiro per se protegerá adequadamente a planta enxertada. Tal cenário exige medidas complementares e antecipadas de controle que visem a reduzir a população de R. solanacearum no solo ou escolha de ambiente menos propício à sua multiplicação.Associação Brasileira de Horticultura2015-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-05362015000100125Horticultura Brasileira v.33 n.1 2015reponame:Horticultura Brasileirainstname:Associação Brasileira de Horticultura (ABH)instacron:ABH10.1590/S0102-053620150000100020info:eu-repo/semantics/openAccessLopes,Carlos ABoiteux,Leonardo SEschemback,Vlandineypor2015-04-15T00:00:00Zoai:scielo:S0102-05362015000100125Revistahttp://cms.horticulturabrasileira.com.br/ONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||hortbras@gmail.com1806-99910102-0536opendoar:2015-04-15T00:00Horticultura Brasileira - Associação Brasileira de Horticultura (ABH)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Eficácia relativa de porta-enxertos comerciais de tomateiro no controle da murcha-bacteriana |
title |
Eficácia relativa de porta-enxertos comerciais de tomateiro no controle da murcha-bacteriana |
spellingShingle |
Eficácia relativa de porta-enxertos comerciais de tomateiro no controle da murcha-bacteriana Lopes,Carlos A Solanum lycopersicum Ralsonia solanacearum resistência genética enxertia tomate. |
title_short |
Eficácia relativa de porta-enxertos comerciais de tomateiro no controle da murcha-bacteriana |
title_full |
Eficácia relativa de porta-enxertos comerciais de tomateiro no controle da murcha-bacteriana |
title_fullStr |
Eficácia relativa de porta-enxertos comerciais de tomateiro no controle da murcha-bacteriana |
title_full_unstemmed |
Eficácia relativa de porta-enxertos comerciais de tomateiro no controle da murcha-bacteriana |
title_sort |
Eficácia relativa de porta-enxertos comerciais de tomateiro no controle da murcha-bacteriana |
author |
Lopes,Carlos A |
author_facet |
Lopes,Carlos A Boiteux,Leonardo S Eschemback,Vlandiney |
author_role |
author |
author2 |
Boiteux,Leonardo S Eschemback,Vlandiney |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Lopes,Carlos A Boiteux,Leonardo S Eschemback,Vlandiney |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Solanum lycopersicum Ralsonia solanacearum resistência genética enxertia tomate. |
topic |
Solanum lycopersicum Ralsonia solanacearum resistência genética enxertia tomate. |
description |
A murcha-bacteriana causada por Ralstonia solanacearum é uma das principais doenças das solanáceas em climas tropicais. Historicamente limitante à produção de tomate na Região Norte do Brasil, passou a ser uma séria ameaça ao tomateiro também nas Regiões Sul e Sudeste após a expansão do cultivo protegido. Embora fontes de resistência à doença tenham sido identificadas em germoplasma de tomateiro, cultivares comerciais resistentes ainda não estão disponíveis no mercado. O uso de porta-enxerto comerciais de tomate tem se popularizado pelo fato de, além de proteger a planta contra a doença, reduzir o problema de incompatibilidade associada ao uso de espécies/gêneros diferentes. O objetivo deste trabalho foi avaliar, em casa de vegetação, os níveis de resistência à murcha bacteriana dos principais porta-enxertos comerciais de tomateiro, levando em conta a variabilidade patogênica de um conjunto de isolados de R. solanacearum. Foi observada uma clara distinção na incidência da doença entre os genótipos, e a reação foi do tipo isolado-dependente. Os porta-enxertos mais resistentes foram os híbridos 'Muralha' e 'Guardião', que não diferiram, para a maioria dos isolados, da linhagem 'Hawaii 7996' (padrão internacional de resistência) e apresentaram comportamento superior em relação aos híbridos 'Magnet' e 'Protetor'. Entretanto, todos os porta-enxertos avaliados sucumbiram à alta virulência do isolado CNPH 488 (Raça 1 / Biovar 2, coletado no estado do Paraná), que provocou a morte da totalidade das plantas. Quando avaliados em solo artificialmente infestado, com menor pressão de inóculo, 'Guardião' e 'Muralha' apresentaram, novamente, um desempenho significativamente superior ao de outros porta-enxertos. Os resultados obtidos reforçam que alguns porta-enxertos oferecem boa proteção do tomateiro contra a murcha-bacteriana sob condições normais de cultivo. Entretanto, em condições ambientais muito favoráveis à doença e/ou na presença de isolados muito virulentos, dificilmente o sistema de enxertia de tomateiro em tomateiro per se protegerá adequadamente a planta enxertada. Tal cenário exige medidas complementares e antecipadas de controle que visem a reduzir a população de R. solanacearum no solo ou escolha de ambiente menos propício à sua multiplicação. |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015-03-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-05362015000100125 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-05362015000100125 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0102-053620150000100020 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Horticultura |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Horticultura |
dc.source.none.fl_str_mv |
Horticultura Brasileira v.33 n.1 2015 reponame:Horticultura Brasileira instname:Associação Brasileira de Horticultura (ABH) instacron:ABH |
instname_str |
Associação Brasileira de Horticultura (ABH) |
instacron_str |
ABH |
institution |
ABH |
reponame_str |
Horticultura Brasileira |
collection |
Horticultura Brasileira |
repository.name.fl_str_mv |
Horticultura Brasileira - Associação Brasileira de Horticultura (ABH) |
repository.mail.fl_str_mv |
||hortbras@gmail.com |
_version_ |
1754213082554433536 |