Gamopatias monoclonais: critérios diagnósticos e diagnósticos diferenciais
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842007000100005 |
Resumo: | As gamopatias monoclonais constituem um grupo de desordens caracterizado pela proliferação monoclonal de plasmócitos, que produzem e secretam imunoglobulina ou fragmento de imunoglobulina monoclonal (proteína M) . Este artigo propõe uma revisão dos critérios diagnósticos das principais gamopatias monoclonais e diagnósticos diferenciais, uma vez que é comum a sobreposição de muitas características clínicas entre suas variantes. A gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS) é definida pela presença de proteína M sérica < 3,0 g/dL e/ou urinária < 1g/24h, infiltração plasmocitária medular menor que 10% e ausência de danos aos órgãos e tecidos. O mieloma múltiplo (MM) assintomático caracteriza-se pela presença de proteína M, infiltração plasmocitária na medula óssea ou em tecido biopsiado e ausência de critérios para MGUS, MM sintomático e plasmocitoma solitário. O MM sintomático é uma neoplasia plasmocitária associada à proteína M sérica e/ou urinária, infiltração medular por plasmócitos e presença de dano orgânico relacionado: hipercalcemia, insuficiência renal, anemia e lesões ósseas. Se a proteína M não é detectada (MM não secretor), a plasmocitose medular precisa ser > 30% ou plasmocitoma documentado por biópsia. Se a lesão óssea decorre de plasmocitoma solitário ou somente osteoporose, sem fratura, a plasmocitose medular também precisa ser > 30%, para preencher critérios de MM. As gamopatias monoclonais podem estar associadas a diversas doenças, incluindo desordens linfoproliferativas, reumatológicas, neurológicas, dermatológicas e infecciosas. A definição das características clínicas e laboratoriais de cada entidade, maligna ou benigna, facilita o diagnóstico das gamopatias monoclonais e, como conseqüência, seu manejo clínico pelos médicos assistentes. |
id |
ABHHTC-1_4e67532145001d5356ed395cd91e614f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1516-84842007000100005 |
network_acronym_str |
ABHHTC-1 |
network_name_str |
Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Gamopatias monoclonais: critérios diagnósticos e diagnósticos diferenciaisGamopatias monoclonaisdiagnósticodiagnósticos diferenciaisAs gamopatias monoclonais constituem um grupo de desordens caracterizado pela proliferação monoclonal de plasmócitos, que produzem e secretam imunoglobulina ou fragmento de imunoglobulina monoclonal (proteína M) . Este artigo propõe uma revisão dos critérios diagnósticos das principais gamopatias monoclonais e diagnósticos diferenciais, uma vez que é comum a sobreposição de muitas características clínicas entre suas variantes. A gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS) é definida pela presença de proteína M sérica < 3,0 g/dL e/ou urinária < 1g/24h, infiltração plasmocitária medular menor que 10% e ausência de danos aos órgãos e tecidos. O mieloma múltiplo (MM) assintomático caracteriza-se pela presença de proteína M, infiltração plasmocitária na medula óssea ou em tecido biopsiado e ausência de critérios para MGUS, MM sintomático e plasmocitoma solitário. O MM sintomático é uma neoplasia plasmocitária associada à proteína M sérica e/ou urinária, infiltração medular por plasmócitos e presença de dano orgânico relacionado: hipercalcemia, insuficiência renal, anemia e lesões ósseas. Se a proteína M não é detectada (MM não secretor), a plasmocitose medular precisa ser > 30% ou plasmocitoma documentado por biópsia. Se a lesão óssea decorre de plasmocitoma solitário ou somente osteoporose, sem fratura, a plasmocitose medular também precisa ser > 30%, para preencher critérios de MM. As gamopatias monoclonais podem estar associadas a diversas doenças, incluindo desordens linfoproliferativas, reumatológicas, neurológicas, dermatológicas e infecciosas. A definição das características clínicas e laboratoriais de cada entidade, maligna ou benigna, facilita o diagnóstico das gamopatias monoclonais e, como conseqüência, seu manejo clínico pelos médicos assistentes.Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular2007-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842007000100005Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia v.29 n.1 2007reponame:Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online)instname:Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular (ABHHTC)instacron:ABHHTC10.1590/S1516-84842007000100005info:eu-repo/semantics/openAccessFaria,Rosa Malena D.Silva,Roberta O. Paula epor2007-10-22T00:00:00Zoai:scielo:S1516-84842007000100005Revistahttp://www.rbhh.org/pt/archivo/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsbhh@terra.com.br||secretaria@rbhh.org1806-08701516-8484opendoar:2007-10-22T00:00Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online) - Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular (ABHHTC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Gamopatias monoclonais: critérios diagnósticos e diagnósticos diferenciais |
title |
Gamopatias monoclonais: critérios diagnósticos e diagnósticos diferenciais |
spellingShingle |
Gamopatias monoclonais: critérios diagnósticos e diagnósticos diferenciais Faria,Rosa Malena D. Gamopatias monoclonais diagnóstico diagnósticos diferenciais |
title_short |
Gamopatias monoclonais: critérios diagnósticos e diagnósticos diferenciais |
title_full |
Gamopatias monoclonais: critérios diagnósticos e diagnósticos diferenciais |
title_fullStr |
Gamopatias monoclonais: critérios diagnósticos e diagnósticos diferenciais |
title_full_unstemmed |
Gamopatias monoclonais: critérios diagnósticos e diagnósticos diferenciais |
title_sort |
Gamopatias monoclonais: critérios diagnósticos e diagnósticos diferenciais |
author |
Faria,Rosa Malena D. |
author_facet |
Faria,Rosa Malena D. Silva,Roberta O. Paula e |
author_role |
author |
author2 |
Silva,Roberta O. Paula e |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Faria,Rosa Malena D. Silva,Roberta O. Paula e |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Gamopatias monoclonais diagnóstico diagnósticos diferenciais |
topic |
Gamopatias monoclonais diagnóstico diagnósticos diferenciais |
description |
As gamopatias monoclonais constituem um grupo de desordens caracterizado pela proliferação monoclonal de plasmócitos, que produzem e secretam imunoglobulina ou fragmento de imunoglobulina monoclonal (proteína M) . Este artigo propõe uma revisão dos critérios diagnósticos das principais gamopatias monoclonais e diagnósticos diferenciais, uma vez que é comum a sobreposição de muitas características clínicas entre suas variantes. A gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS) é definida pela presença de proteína M sérica < 3,0 g/dL e/ou urinária < 1g/24h, infiltração plasmocitária medular menor que 10% e ausência de danos aos órgãos e tecidos. O mieloma múltiplo (MM) assintomático caracteriza-se pela presença de proteína M, infiltração plasmocitária na medula óssea ou em tecido biopsiado e ausência de critérios para MGUS, MM sintomático e plasmocitoma solitário. O MM sintomático é uma neoplasia plasmocitária associada à proteína M sérica e/ou urinária, infiltração medular por plasmócitos e presença de dano orgânico relacionado: hipercalcemia, insuficiência renal, anemia e lesões ósseas. Se a proteína M não é detectada (MM não secretor), a plasmocitose medular precisa ser > 30% ou plasmocitoma documentado por biópsia. Se a lesão óssea decorre de plasmocitoma solitário ou somente osteoporose, sem fratura, a plasmocitose medular também precisa ser > 30%, para preencher critérios de MM. As gamopatias monoclonais podem estar associadas a diversas doenças, incluindo desordens linfoproliferativas, reumatológicas, neurológicas, dermatológicas e infecciosas. A definição das características clínicas e laboratoriais de cada entidade, maligna ou benigna, facilita o diagnóstico das gamopatias monoclonais e, como conseqüência, seu manejo clínico pelos médicos assistentes. |
publishDate |
2007 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2007-03-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842007000100005 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842007000100005 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S1516-84842007000100005 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia v.29 n.1 2007 reponame:Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online) instname:Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular (ABHHTC) instacron:ABHHTC |
instname_str |
Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular (ABHHTC) |
instacron_str |
ABHHTC |
institution |
ABHHTC |
reponame_str |
Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online) |
collection |
Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online) - Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular (ABHHTC) |
repository.mail.fl_str_mv |
sbhh@terra.com.br||secretaria@rbhh.org |
_version_ |
1754213108347305984 |