Higiene mental de guerra
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1944 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1944000300001 |
Resumo: | Uma das caraterísticas da presente guerra é a de ser, mais que qualquer outra, uma guerra psicológica. Embora o emprego dos recursos psicológicos como arma de guerra não constitua nenhuma novidade, nunca êle assumiu, como agora, um papel de tão alta importância. O A. refere-se à utilização dos métodos psicológicos de guerra desde as épocas mais remotas, salientando que, com o correr dos tempos, foi-se deslocando para o terreno científico aquilo que antes era simples magia ou intuição. Enumera os métodos ofensivos e defensivos essenciais da guerra psicológica, focalizando o papel desempenhado pela propaganda e pelo medo. Examina como a Alemanha se utilizou dos conhecimentos psicológicos em seu esforço de guerra, tanto no preparo psíquico individual como coletivo. Afirma que cabe aos psicólogos e psiquiatras das Nações Unidas oferecer às autoridades os meios de ação para o mesmo fim, o que não quer dizer que precisemos copiar servilmente os métodos alemães. Passa a referir-se aos recursos que a moderna psiquiatria pode oferecer nesse sentido, mostrando que ela desenvolveu técnicas e sistemas de trabalho que dilataram sobremodo o campo de suas atividades. Ela não está mais limitada ao âmbito estreito das enfermarias e das salas de consulta, mas transborda numa intervenção mais direta sobre o ambiente social. De simples especialidade médica circunscrita à cura individual das psicopatias, ela se erigiu em arma social de elevado alcance, cujo valor a presente guerra veio encarecer. O A. lembra, enfim, a importância do trato psicológico das populações no período de após-guerra. Um simples tratado de paz não cria as condições necessárias a uma sadia atitude mental coletiva. À higiene mental caberá um papel relevante no futuro reajustamento psíquico dos povos, o qual, para sua verdadeira consolidação, deverá assentar sobre bases científicas e humanas. |
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