Meningite tuberculosa tratada com estreptomicina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mursa,Mario
Data de Publicação: 1947
Outros Autores: Reis,João Baptista dos, Woiski,J. Renato
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1947000200003
Resumo: Trata-se do primeiro caso publicado no Brasil de meningite tuberculosa, em menino de 5 anos de idade, tratado com sucesso pela Estreptomicina. O diagnóstico foi firmado pelo achado do bacilo de Koch no liqüido cefalorraqueano e pela inoculação em cobaio. O tratamento foi iniciado no 8.° dia depois de se declararem os sinais da meningite e durou 71 dias, tendo o pacente recebido um total de 44.600.000 U. de Estreptomicina, sendo 42.650.000 U. por via intramuscular e 1.950.000 U. por via intratecal, em 41 punções lombares e suboccipitais. Durante o tratamento, em sua fase final, foi associado o Promin. Os autores acreditam que os resultados obtidos se devem, entretanto, à Estreptomicina, com a qual, desde o início do tratamento, se modificou de maneira nítida a marcha da moléstia. Após 40 dias de terminado o tratamento, o paciente se apresentava como uma criança normal, sem apresentar seqüela neurológica alguma. Repetidos exames do líqüido cefalorraqueano mostraram progressiva diminuição das alterações, restando, no final, apenas hipercitose linfocitária de 72 células por mm3, aumento da taxa de proteínas e fino retículo fibrinoso. Os autores, apesar dos brilhantes resultados obtidos, não afirmam a cura completa, dado que o período de observação ainda é julgado insuficiente para uma apreciação definitiva.
id ABNEURO-1_2739f060c15374fd7172db2554b82b40
oai_identifier_str oai:scielo:S0004-282X1947000200003
network_acronym_str ABNEURO-1
network_name_str Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
repository_id_str
spelling Meningite tuberculosa tratada com estreptomicinaTrata-se do primeiro caso publicado no Brasil de meningite tuberculosa, em menino de 5 anos de idade, tratado com sucesso pela Estreptomicina. O diagnóstico foi firmado pelo achado do bacilo de Koch no liqüido cefalorraqueano e pela inoculação em cobaio. O tratamento foi iniciado no 8.° dia depois de se declararem os sinais da meningite e durou 71 dias, tendo o pacente recebido um total de 44.600.000 U. de Estreptomicina, sendo 42.650.000 U. por via intramuscular e 1.950.000 U. por via intratecal, em 41 punções lombares e suboccipitais. Durante o tratamento, em sua fase final, foi associado o Promin. Os autores acreditam que os resultados obtidos se devem, entretanto, à Estreptomicina, com a qual, desde o início do tratamento, se modificou de maneira nítida a marcha da moléstia. Após 40 dias de terminado o tratamento, o paciente se apresentava como uma criança normal, sem apresentar seqüela neurológica alguma. Repetidos exames do líqüido cefalorraqueano mostraram progressiva diminuição das alterações, restando, no final, apenas hipercitose linfocitária de 72 células por mm3, aumento da taxa de proteínas e fino retículo fibrinoso. Os autores, apesar dos brilhantes resultados obtidos, não afirmam a cura completa, dado que o período de observação ainda é julgado insuficiente para uma apreciação definitiva.Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO1947-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1947000200003Arquivos de Neuro-Psiquiatria v.5 n.2 1947reponame:Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)instname:Academia Brasileira de Neurologiainstacron:ABNEURO10.1590/S0004-282X1947000200003info:eu-repo/semantics/openAccessMursa,MarioReis,João Baptista dosWoiski,J. Renatopor2015-02-20T00:00:00Zoai:scielo:S0004-282X1947000200003Revistahttp://www.scielo.br/anphttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revista.arquivos@abneuro.org1678-42270004-282Xopendoar:2015-02-20T00:00Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) - Academia Brasileira de Neurologiafalse
dc.title.none.fl_str_mv Meningite tuberculosa tratada com estreptomicina
title Meningite tuberculosa tratada com estreptomicina
spellingShingle Meningite tuberculosa tratada com estreptomicina
Mursa,Mario
title_short Meningite tuberculosa tratada com estreptomicina
title_full Meningite tuberculosa tratada com estreptomicina
title_fullStr Meningite tuberculosa tratada com estreptomicina
title_full_unstemmed Meningite tuberculosa tratada com estreptomicina
title_sort Meningite tuberculosa tratada com estreptomicina
author Mursa,Mario
author_facet Mursa,Mario
Reis,João Baptista dos
Woiski,J. Renato
author_role author
author2 Reis,João Baptista dos
Woiski,J. Renato
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Mursa,Mario
Reis,João Baptista dos
Woiski,J. Renato
description Trata-se do primeiro caso publicado no Brasil de meningite tuberculosa, em menino de 5 anos de idade, tratado com sucesso pela Estreptomicina. O diagnóstico foi firmado pelo achado do bacilo de Koch no liqüido cefalorraqueano e pela inoculação em cobaio. O tratamento foi iniciado no 8.° dia depois de se declararem os sinais da meningite e durou 71 dias, tendo o pacente recebido um total de 44.600.000 U. de Estreptomicina, sendo 42.650.000 U. por via intramuscular e 1.950.000 U. por via intratecal, em 41 punções lombares e suboccipitais. Durante o tratamento, em sua fase final, foi associado o Promin. Os autores acreditam que os resultados obtidos se devem, entretanto, à Estreptomicina, com a qual, desde o início do tratamento, se modificou de maneira nítida a marcha da moléstia. Após 40 dias de terminado o tratamento, o paciente se apresentava como uma criança normal, sem apresentar seqüela neurológica alguma. Repetidos exames do líqüido cefalorraqueano mostraram progressiva diminuição das alterações, restando, no final, apenas hipercitose linfocitária de 72 células por mm3, aumento da taxa de proteínas e fino retículo fibrinoso. Os autores, apesar dos brilhantes resultados obtidos, não afirmam a cura completa, dado que o período de observação ainda é julgado insuficiente para uma apreciação definitiva.
publishDate 1947
dc.date.none.fl_str_mv 1947-06-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1947000200003
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1947000200003
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0004-282X1947000200003
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO
publisher.none.fl_str_mv Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO
dc.source.none.fl_str_mv Arquivos de Neuro-Psiquiatria v.5 n.2 1947
reponame:Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
instname:Academia Brasileira de Neurologia
instacron:ABNEURO
instname_str Academia Brasileira de Neurologia
instacron_str ABNEURO
institution ABNEURO
reponame_str Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
collection Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
repository.name.fl_str_mv Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) - Academia Brasileira de Neurologia
repository.mail.fl_str_mv ||revista.arquivos@abneuro.org
_version_ 1754212740924178432