Hipertensão arterial na fase aguda do infarto cerebral: inquérito sobre a prática corrente em um hospital universitário

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: André,Charles
Data de Publicação: 1994
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1994000300009
Resumo: OBJETIVO: Avaliar a conduta médica corrente diante de níveis tensionais elevados na fase hiperaguda do infarto cerebral (IC) em um ambiente universitario. MÉTODOS: Foi aplicado questionário para preenchimento imediato a professores/médicos do staff e a residentes das áreas clínica e cirúrgica (serviços de neurologia e neurocirurgia excluídos). Foi apresentado o caso clínico de paciente hipertenso, lúcido, admitido nas primeiras 8 horas do IC (TC normal) com hipertensão não complicada (TA=186/110 mm Hg). Os médicos deveriam deliberar sobre a conduta médica adequada: elevação vs. redução da TA vs. expectante. RESULTADOS: 44 médicos responderam à pergunta formulada. 27 (61%) indicaram a redução da TA como a melhor conduta. Os resultados foram semelhantes quando analisados diferentes subgrupos: staff, 11/17 (65%); residentes 16/27 (60%); especialidades clínicas 20/30 (67%); cirúrgicas 6/12 (50%). COMENTÁRIOS e CONCLUSÕES: Na fase hiperaguda do IC deve-se, em primeiro lugar, evitar dano adicional área de penumbra isquêmica - por hipoxia, hipoglicemia e especialmente redução adicional do fluxo sanguíneo cerebral. Deve-se assim reconhecer precocemente e tratar a falência cardíaca e, principalmente, evitar redução deletéria da TA. Este estudo sugere que conceitos básicos de fisiopatologia da lesão isquêmica e de manejo na fase aguda do IC não são conhecidos por nossa comunidade universitária. A constatação de que residentes compartilham desta ignorância indica a necessidade urgente de difusão eficaz destes conceitos durante o período de graduação. O ambiente das 'stroke units' é provavelmente ideal para simultaneamente optimizar o cuidado aos pacientes e ensinar os princípios que regem este tratamento a número crescente de médicos em formação.
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