Estudo clínico de 84 pacientes epilépticos com líquido cefalorraqueano alterado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques-Assis,Luís
Data de Publicação: 1971
Outros Autores: Moraes Junior,Lamartine Corrêa de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1971000100006
Resumo: Foram estudados 84 pacientes epilépticos com exame do líquido cefalorraqueano alterado. Em nenhum paciente havia alterações neurológicas focais ou sinais de hipertensão intracraniana. Os casos foram estudados, juntamente com um sub-grupo de pacientes com meningencefalite crônica específica (cisticercótica ou luética) relativamente às epilepsias em geral, sendo valorizados os dados eletrencefalográficos, o tempo de doença, a idade de início da doença, a freqüência das crises e a evolução com tratamento medicamentoso. Os resultados foram analisados em índices percentuais e levaram os autores às seguintes conclusões; 1) em 76 casos (90%) havia manifestações convulsivas, em 59 dos quais (70%) as convulsões eram secundárias; 2) em apenas três casos haviam crises de tipo psicomotor; 3) no grupo estudado houve predomínio das disritmias difusas ao eletrencefalograma em relação às epilepsias em geral; 4) predominou o início tardio da epilepsia nos casos estudados; 5) o tempo da epilepsia foi menor no grupo estudado em relação às epilepsias em geral; 6) em 18% dos casos de meningencefalite crônica específica o tempo de epilepsia foi superior a 10 anos; 7) as formas mais severas da epilepsia predominaram nos pacientes com processos específicos em relação às epilepsias em geral; 8) nos casos estudados a evolução não foi tão favorável quanto nas epilepsias em geral. Levando em conta os resultados obtidos os autores consideram que as alterações liquóricas, isoladamente consideradas, não trazem sérias implicações relativamente ao prognóstico da epilepsia, pois resposta favorável foi obtida mediante tratamento medicamentoso antiepiléptico adequado, em cerca de 80% dos casos.
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