Efeitos do pentobarbital sódico sobre a atividade elétrica cerebral do rato com lesões da formação reticular mesencefálica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira,Walter C.
Data de Publicação: 1970
Outros Autores: Rocha,Tania Leme da, Timo-Iaria,Cesar
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1970000400002
Resumo: Para êste estudo foram empregados 35 ratos da raça Wistar em preparação aguda (24 com lesão bilateral e 11 com lesão unilateral) da formação reticular mesencefálica e 18 preparações crônicas. O método empregado na obtenção das preparações foi descrito em trabalho anterior12. O objetivo desta série de experiências foi o de verificar de que maneira o pentobarbital interfere sobre as características da atividade elétrica cortical após lesão da formação reticular mesencefálica. Para tal, em animais preparados agudamente, foram feitas lesões progressivamente mais extensas e o barbitúrico injetado por via intravenosa em doses crescentes. A fim de testar a integridade do sistema reticular ativador ascendente, além de estímulos dolorosos intensos, aplicávamos pulsos de 5 a 10 V, 100 Hz, e 0,1 ms à formação reticular mesencefálica situada abaixo da região lesada. A ausência de reação de alerta cortical (dessincronização) nos assegurava que tal sistema havia sido lesado completamente. Nas preparações crônicas o pentobarbital era injetado por via intraperitoneal. Dessas experiências concluimos o seguinte: 1. Aumento da sincronização do eletrocorticograma nos animais com lesões parciais ou totais da formação reticular mesencefálica. 2. Depressão acentuada e precoce da atividade elétrica cerebral nos ratos com lesão muito extensa (comprometendo também a porção ventrobasal do tálamo). 3. Isocronismo da atividade elétrica cortical nos dois hemisférios cerebrais. 4. O pentobarbital parece agir tanto sobre os sistemas ativadores como sobre o sincronizador do eletrocorticograma. As doses pequenas deprimem os primeiros, liberando o segundo, enquanto que as maiores bloqueiam também este último. Sòmente doses muito mais altas é que fazem desaparecer totalmente a atividade do córtex cerebral, que se mostra, portanto, mais resistente à ação da droga.
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