Cefaléia pós-traumática crônica em traumatismos crânio-encefálicos leves

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUZA,JANO ALVES DE
Data de Publicação: 1999
Outros Autores: MOREIRA FILHO,PEDRO FERREIRA, JEVOUX,CARLA DA CUNHA
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1999000200012
Resumo: Apesar de as evidências atuais indicarem que a cefaléia pós-traumática crônica (CPTc) resulta de alterações orgânicas, os sofredores dessa condição continuam sendo, ainda, frequentemente, considerados tão somente como neuróticos ou simuladores, especialmente, quando a dor se origina de TCE leves. O objetivo deste estudo foi identificar as características clínicas da CPTc após traumatismos crânio-encefálicos (TCE) leves. Foram estudados 27 pacientes de 16 a 64 anos que preencheram os critérios estabelecidos para CPTc e TCE leve. Verificou-se o início da cefaléia no mesmo dia do TCE em 51,8% dos indivíduos. As seguintes formas clínicas foram identificadas: migrânea (70,3%); cefaléia do tipo tensional - CTT (51,8%) e cefaléia cervicogênica (11,1%). A associação de CTT e migrânea ocorreu em 29,6%. Trinta e três por cento dos trabalhadores, 40% das donas de casa e 50% dos estudantes da amostra manifestaram comprometimento da capacidade produtiva. Apesar disso, apenas três pacientes (11,1%) encontravam-se em litígios por compensação. A ausência de potencial de ganho por parte da maioria dos pacientes e a uniformidade do quadro clínico apresentado são sugestivos de uma causa orgânica.
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