Resultado do tratamento cirúrgico das neoplasias do seio piriforme

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa,Claudiney C.
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Chagas,José Francisco S., Pascoal,Maria Beatriz N., Camargo,José G. T., Aquino,José Luiz B.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992003000100006
Resumo: Os tumores da laringe e hipofaringe apresentam alta incidência no Brasil, sendo o sexto sítio mais comum entre os tumores malignos no sexo masculino. O diagnóstico inicial geralmente é realizado com lesões em estadio clínicos avançados diminuindo o sucesso do tratamento instituído. OBJETIVOS: Avaliar a evolução de 60 pacientes com carcinoma epidermóide de seio piriforme, considerando tratamento instituído, complicações e sobrevida estimada em 5 anos. FORMA DE ESTUDO: Estudo retrospectivo. MÉTODO: Os testes estatístico utilizados foram o método de Kaplan-Meier e o teste exato de Fisher. RESULTADOS: Dos 60 pacientes, 43 foram submetidos a tratamento cirúrgico seguido de radioterapia. Atualmente 27,9% estão vivos sem doença, 11,6% vivos com doença, 9,4% mortos sem doença, 34,8% mortos com doença e perda de seguimento de 16,3%. A complicação pós-operatória mais freqüente foi a fístula cutânea. A recidiva local ocorreu em 5 pacientes, regional em 6, loco-regional em 3 e metástase à distância em 6. Não houve correlação entre margem cirúrgica comprometida e sobrevida em 20 pacientes com recidiva tumoral (Teste de Fisher). Aplicando a curva de sobrevida atuarial pelo método Kaplan-Meier, obtivemos média de sobrevida em 5 anos de 23,2 meses. CONCLUSÃO: A principal complicação pós-operatória foi a fístula cutânea, sendo tratada clinicamente. A margem cirúrgica comprometida não alterou o prognóstico, apesar de ser sempre um dos princípios da cirurgia oncológica. A principal falha no tratamento foi a recidiva locorregional. A curva de sobrevida atuarial (Kaplan-Meier) em cinco anos apresentou média de 23,2 meses.
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