Correlação entre os achados estroboscópicos, perceptivo-auditivos e acústicos em adultos sem queixa vocal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Corazza,Vera Regina
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Silva,Vanessa Figueiredo Custódio da, Queija,Débora S., Dedivitis,Rogério A., Barros,Ana Paula Brandão
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992004000100005
Resumo: Os grandes avanços na compreensão da fisiologia vocal e o desenvolvimento científico e tecnológico na área de voz permitiram transpor o limite terapêutico através dos meios para a detecção precoce de alterações vocais. OBJETIVO: Avaliar indivíduos sem queixa vocal e correlacionar possíveis achados telelaringo-estroboscópicos, perceptivo-auditivos e acústicos. FORMA DE ESTUDO: Observacional coorte com corte transversal. CASUÍSTICA E MÉTODO: Foram avaliados 21 indivíduos do sexo masculino, com idade variando de 20 a 50 e mediana de 33 anos, sem queixas vocais, que não faziam uso de tabaco nem de destilados. Os sujeitos foram submetidos às avaliações telelaringo-estroboscópica, perceptivo-auditiva e acústica da voz. RESULTADOS: Do total de sujeitos avaliados, 57,15% apresentaram alteração em uma ou mais das avaliações realizadas. À telelaringo-estroboscopia, observou-se fenda vocal triangular posterior em 4 sujeitos. Dez apresentaram alteração na análise perceptivo-auditiva, observando-se os seguintes parâmetros: instabilidade, rouquidão e soprosidade, todos em grau discreto. Na avaliação da ressonância, três apresentaram cada foco hipernasal, cul de sac e laringo-faríngea. A avaliação acústica apresentou as seguintes médias: f0 - 125,69 Hz; jitter - 0,22%; shimmer - 3,06%; NNE -12,29 dB; HNR - 20,75 dB; freqüência do tremor - 2,09 Hz; amplitude do tremor - 1,16 Hz. Alguns sujeitos apresentaram valores de shimmer% e freqüência do tremor maiores do que a média. CONCLUSÃO: Foram detectadas alterações em 57,15% das avaliações realizadas em indivíduos sem queixas vocais. Esses achados podem ser indicativos de uma variação da normalidade ou representar uma predisposição a alterações glóticas e vocais que, com o passar do tempo, podem desenvolver-se. Em todas as avaliações alteradas houve alteração de parâmetro acústico.
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