Prevalência do consumo de drogas na FEBEM, Porto Alegre
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2004 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Psychiatry (São Paulo. 1999. Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462004000100006 |
Resumo: | OBJETIVO: Identificar a prevalência do uso de drogas entre crianças e adolescentes institucionalizados e avaliar o uso associado das substâncias lícitas, álcool e tabaco, com drogas ilícitas; e verificar qual a droga de uso inicial para o consumo das substâncias psicoativas ilícitas. MÉTODOS: Realizou-se um estudo transversal na Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor do Rio Grande do Sul, na cidade de Porto Alegre. Um questionário elaborado pela Organização Mundial da Saúde, anônimo, sobre o uso de drogas e sua quantificação, auto-aplicado em salas de aula, foi respondido pela população de crianças e adolescentes alfabetizados que cumpriam medidas socioeducativas ou medidas protetivas. A análise visou descrever o uso de drogas entre os dois subgrupos levando em conta gêneros e idades de início de uso. RESULTADOS: Os resultados foram obtidos a partir de 382 indivíduos. As substâncias mais experimentadas foram: álcool (81,3%), tabaco (76,8%), maconha (69,2%), cocaína (54,6%), solventes (49,2%), ansiolíticos (13,4%), alucinógenos (8,4%), anorexígenos (6,5%) e barbitúricos (2,4%). Em torno de 80% afirmaram ter usado experimentalmente alguma droga ilícita. As meninas usaram principalmente medicamentos e os meninos drogas ilícitas, álcool e tabaco. As crianças albergadas por atos infracionais mostraram uso significativamente mais freqüente de álcool, maconha, cocaína e solventes. A idade de início do álcool e tabaco ocorreu antes dos 12 anos; maconha e solventes, antes dos 13, e cocaína, antes de completar 14, em média. Verificou-se alta freqüência de uso concomitante de drogas lícitas e ilícitas por esta população. CONCLUSÕES: A prevalência de experimentação e uso de drogas entre crianças e adolescentes institucionalizados é alta e precoce. As drogas lícitas foram usadas mais precocemente que as ilícitas. Indivíduos do sexo masculino e albergados por atos infracionais apresentam maior probabilidade de já terem utilizado drogas ilícitas. |
id |
ABP-1_c466982181caa4ca18dd98eaaacc0907 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1516-44462004000100006 |
network_acronym_str |
ABP-1 |
network_name_str |
Brazilian Journal of Psychiatry (São Paulo. 1999. Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Prevalência do consumo de drogas na FEBEM, Porto AlegreAdolescentesDrogas lícitas e ilícitasAbuso de substânciasOBJETIVO: Identificar a prevalência do uso de drogas entre crianças e adolescentes institucionalizados e avaliar o uso associado das substâncias lícitas, álcool e tabaco, com drogas ilícitas; e verificar qual a droga de uso inicial para o consumo das substâncias psicoativas ilícitas. MÉTODOS: Realizou-se um estudo transversal na Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor do Rio Grande do Sul, na cidade de Porto Alegre. Um questionário elaborado pela Organização Mundial da Saúde, anônimo, sobre o uso de drogas e sua quantificação, auto-aplicado em salas de aula, foi respondido pela população de crianças e adolescentes alfabetizados que cumpriam medidas socioeducativas ou medidas protetivas. A análise visou descrever o uso de drogas entre os dois subgrupos levando em conta gêneros e idades de início de uso. RESULTADOS: Os resultados foram obtidos a partir de 382 indivíduos. As substâncias mais experimentadas foram: álcool (81,3%), tabaco (76,8%), maconha (69,2%), cocaína (54,6%), solventes (49,2%), ansiolíticos (13,4%), alucinógenos (8,4%), anorexígenos (6,5%) e barbitúricos (2,4%). Em torno de 80% afirmaram ter usado experimentalmente alguma droga ilícita. As meninas usaram principalmente medicamentos e os meninos drogas ilícitas, álcool e tabaco. As crianças albergadas por atos infracionais mostraram uso significativamente mais freqüente de álcool, maconha, cocaína e solventes. A idade de início do álcool e tabaco ocorreu antes dos 12 anos; maconha e solventes, antes dos 13, e cocaína, antes de completar 14, em média. Verificou-se alta freqüência de uso concomitante de drogas lícitas e ilícitas por esta população. CONCLUSÕES: A prevalência de experimentação e uso de drogas entre crianças e adolescentes institucionalizados é alta e precoce. As drogas lícitas foram usadas mais precocemente que as ilícitas. Indivíduos do sexo masculino e albergados por atos infracionais apresentam maior probabilidade de já terem utilizado drogas ilícitas.Associação Brasileira de Psiquiatria2004-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462004000100006Brazilian Journal of Psychiatry v.26 n.1 2004reponame:Brazilian Journal of Psychiatry (São Paulo. 1999. Online)instname:Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)instacron:ABP10.1590/S1516-44462004000100006info:eu-repo/semantics/openAccessFerigolo,MaristelaBarbosa,Fabiane SilvaArbo,ElisangelaMalysz,André SérgioStein,Airton TetelbonBarros,Helena Maria Tannhauserpor2004-03-30T00:00:00Zoai:scielo:S1516-44462004000100006Revistahttp://www.bjp.org.br/ahead_of_print.asphttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rbp@abpbrasil.org.br1809-452X1516-4446opendoar:2004-03-30T00:00Brazilian Journal of Psychiatry (São Paulo. 1999. Online) - Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Prevalência do consumo de drogas na FEBEM, Porto Alegre |
title |
Prevalência do consumo de drogas na FEBEM, Porto Alegre |
spellingShingle |
Prevalência do consumo de drogas na FEBEM, Porto Alegre Ferigolo,Maristela Adolescentes Drogas lícitas e ilícitas Abuso de substâncias |
title_short |
Prevalência do consumo de drogas na FEBEM, Porto Alegre |
title_full |
Prevalência do consumo de drogas na FEBEM, Porto Alegre |
title_fullStr |
Prevalência do consumo de drogas na FEBEM, Porto Alegre |
title_full_unstemmed |
Prevalência do consumo de drogas na FEBEM, Porto Alegre |
title_sort |
Prevalência do consumo de drogas na FEBEM, Porto Alegre |
author |
Ferigolo,Maristela |
author_facet |
Ferigolo,Maristela Barbosa,Fabiane Silva Arbo,Elisangela Malysz,André Sérgio Stein,Airton Tetelbon Barros,Helena Maria Tannhauser |
author_role |
author |
author2 |
Barbosa,Fabiane Silva Arbo,Elisangela Malysz,André Sérgio Stein,Airton Tetelbon Barros,Helena Maria Tannhauser |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ferigolo,Maristela Barbosa,Fabiane Silva Arbo,Elisangela Malysz,André Sérgio Stein,Airton Tetelbon Barros,Helena Maria Tannhauser |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Adolescentes Drogas lícitas e ilícitas Abuso de substâncias |
topic |
Adolescentes Drogas lícitas e ilícitas Abuso de substâncias |
description |
OBJETIVO: Identificar a prevalência do uso de drogas entre crianças e adolescentes institucionalizados e avaliar o uso associado das substâncias lícitas, álcool e tabaco, com drogas ilícitas; e verificar qual a droga de uso inicial para o consumo das substâncias psicoativas ilícitas. MÉTODOS: Realizou-se um estudo transversal na Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor do Rio Grande do Sul, na cidade de Porto Alegre. Um questionário elaborado pela Organização Mundial da Saúde, anônimo, sobre o uso de drogas e sua quantificação, auto-aplicado em salas de aula, foi respondido pela população de crianças e adolescentes alfabetizados que cumpriam medidas socioeducativas ou medidas protetivas. A análise visou descrever o uso de drogas entre os dois subgrupos levando em conta gêneros e idades de início de uso. RESULTADOS: Os resultados foram obtidos a partir de 382 indivíduos. As substâncias mais experimentadas foram: álcool (81,3%), tabaco (76,8%), maconha (69,2%), cocaína (54,6%), solventes (49,2%), ansiolíticos (13,4%), alucinógenos (8,4%), anorexígenos (6,5%) e barbitúricos (2,4%). Em torno de 80% afirmaram ter usado experimentalmente alguma droga ilícita. As meninas usaram principalmente medicamentos e os meninos drogas ilícitas, álcool e tabaco. As crianças albergadas por atos infracionais mostraram uso significativamente mais freqüente de álcool, maconha, cocaína e solventes. A idade de início do álcool e tabaco ocorreu antes dos 12 anos; maconha e solventes, antes dos 13, e cocaína, antes de completar 14, em média. Verificou-se alta freqüência de uso concomitante de drogas lícitas e ilícitas por esta população. CONCLUSÕES: A prevalência de experimentação e uso de drogas entre crianças e adolescentes institucionalizados é alta e precoce. As drogas lícitas foram usadas mais precocemente que as ilícitas. Indivíduos do sexo masculino e albergados por atos infracionais apresentam maior probabilidade de já terem utilizado drogas ilícitas. |
publishDate |
2004 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2004-03-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462004000100006 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462004000100006 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S1516-44462004000100006 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Psiquiatria |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Psiquiatria |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Psychiatry v.26 n.1 2004 reponame:Brazilian Journal of Psychiatry (São Paulo. 1999. Online) instname:Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) instacron:ABP |
instname_str |
Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) |
instacron_str |
ABP |
institution |
ABP |
reponame_str |
Brazilian Journal of Psychiatry (São Paulo. 1999. Online) |
collection |
Brazilian Journal of Psychiatry (São Paulo. 1999. Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Psychiatry (São Paulo. 1999. Online) - Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) |
repository.mail.fl_str_mv |
||rbp@abpbrasil.org.br |
_version_ |
1754212552481439744 |