(Re)Significações no Processo de Avaliação do Sujeito Jovem e Adulto com Deficiência Intelectual

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ALLES,Elisiane Perufo
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: CASTRO,Sabrina Fernandes de, MENEZES,Eliana da Costa Pereira, DICKEL,Cláudia Adriane Graeff
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de educação especial (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382019000300373
Resumo: RESUMO Este artigo objetiva problematizar o processo de avaliação do sujeito com Deficiência Intelectual (DI) e seus efeitos em termos de definição, de classificação e de diagnósticos produzidos sobre a DI. As discussões propostas partem de uma análise referente às diferentes abordagens presentes nos manuais da Associação Americana de Deficiência Intelectual e de Desenvolvimento (AAIDD, 2010 e AAMR, 2006) e suas (re)significações. Procuramos colocar sob tensionamento discursos utilizados para delimitar quem são os sujeitos com DI; que características os constituem; que comportamentos os caracterizam; que potencialidades em termos de aprendizagens eles possuem e que apoios necessitam no contexto educacional. Em articulação com tais análises, apresentamos os dados produzidos no projeto “As contribuições do Rio Grande do Sul para a validação da Escala de Intensidade de Suporte - SIS no Brasil”. Amparadas teoricamente nas discussões socioantropológicas propostas por Lev S. Vigotski, tomamos tais dados como elementos para a construção de uma análise que nos possibilite indicar que faz-se possível (e necessário) um olhar para a DI que não parta dos indicadores de QI, historicamente responsável pela delimitação da DI em níveis de severidade, cujas possibilidades de desenvolvimento passaram a ser antecipadamente indicadas pelos diagnósticos clínicos. Nesse sentido, entendemos que, ao deslocarmos a ênfase do diagnóstico do QI para os sistemas de apoio, passamos a perceber um sujeito produzido nas práticas culturais, cujas possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem não são exclusivamente determinadas pelos seus aspectos biológicos, mas, sim e principalmente, pelas interações sociais que ele estabelece ao longo de seu desenvolvimento.
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