Mortalidade e incapacidade por doenças relacionadas à exposição ao tabaco no Brasil, 1990 a 2015

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: José,Bruno Piassi de São
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Corrêa,Ricardo de Amorim, Malta,Deborah Carvalho, Passos,Valéria Maria de Azeredo, França,Elisabeth Barboza, Teixeira,Renato Azeredo, Camargos,Paulo Augusto Moreira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de epidemiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2017000500075
Resumo: RESUMO: Introdução: A epidemia global do tabaco já assumiu proporções de pandemia, com cerca de 1,3 bilhão de usuários e 6 milhões de mortes anuais. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo analisar as tendências de mortalidade por doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e câncer de pulmão, lábios, cavidade oral, faringe e esôfago, no Brasil, entre 1990 e 2015. Métodos: O estudo foi viabilizado mediante parceria entre o Instituto Métricas e Avaliação em Saúde (IHME), da Universidade de Washington, Ministério da Saúde e o grupo técnico GBD Brasil, utilizando análise de estimativas do estudo Carga Global de Doenças 2015. Resultados: As taxas de mortalidade por DPOC caíram, já que, em 1990, foi de 64,5/100.000 habitantes e, em 2015, 44,5, queda de 31%. Para os vários tipos de câncer relacionados ao tabaco, a queda foi em menor proporção do que a verificada para DPOC. A mortalidade por câncer de pulmão permaneceu estável, com taxa de 18,7/100.000 habitantes, em 1990, e 18,3/100.000 habitantes, em 2015. Entre as mulheres, observa-se curva ascendente, com aumento de 20,7%. Discussão: O estudo aponta o tabaco como fator de risco para mortalidade prematura e incapacidades por DPOC e câncer. A importante redução da prevalência do tabaco nas últimas décadas poderia explicar reduções nas tendências de doenças relacionadas com o tabaco. A maior mortalidade por câncer de pulmão em mulheres pode expressar o aumento tardio do tabagismo nesse sexo. Conclusão: Ações nacionais nas últimas décadas têm tido grande efeito na diminuição da mortalidade de doenças relacionadas ao tabaco, mas ainda há grandes desafios, principalmente quando se trata de mulheres e jovens.
id ABRASCO-1_026eb13d7b720192806b5f4b7b696f6f
oai_identifier_str oai:scielo:S1415-790X2017000500075
network_acronym_str ABRASCO-1
network_name_str Revista brasileira de epidemiologia (Online)
repository_id_str
spelling Mortalidade e incapacidade por doenças relacionadas à exposição ao tabaco no Brasil, 1990 a 2015MortalidadeTabacoDoença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)CâncerRESUMO: Introdução: A epidemia global do tabaco já assumiu proporções de pandemia, com cerca de 1,3 bilhão de usuários e 6 milhões de mortes anuais. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo analisar as tendências de mortalidade por doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e câncer de pulmão, lábios, cavidade oral, faringe e esôfago, no Brasil, entre 1990 e 2015. Métodos: O estudo foi viabilizado mediante parceria entre o Instituto Métricas e Avaliação em Saúde (IHME), da Universidade de Washington, Ministério da Saúde e o grupo técnico GBD Brasil, utilizando análise de estimativas do estudo Carga Global de Doenças 2015. Resultados: As taxas de mortalidade por DPOC caíram, já que, em 1990, foi de 64,5/100.000 habitantes e, em 2015, 44,5, queda de 31%. Para os vários tipos de câncer relacionados ao tabaco, a queda foi em menor proporção do que a verificada para DPOC. A mortalidade por câncer de pulmão permaneceu estável, com taxa de 18,7/100.000 habitantes, em 1990, e 18,3/100.000 habitantes, em 2015. Entre as mulheres, observa-se curva ascendente, com aumento de 20,7%. Discussão: O estudo aponta o tabaco como fator de risco para mortalidade prematura e incapacidades por DPOC e câncer. A importante redução da prevalência do tabaco nas últimas décadas poderia explicar reduções nas tendências de doenças relacionadas com o tabaco. A maior mortalidade por câncer de pulmão em mulheres pode expressar o aumento tardio do tabagismo nesse sexo. Conclusão: Ações nacionais nas últimas décadas têm tido grande efeito na diminuição da mortalidade de doenças relacionadas ao tabaco, mas ainda há grandes desafios, principalmente quando se trata de mulheres e jovens.Associação Brasileira de Saúde Coletiva2017-05-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2017000500075Revista Brasileira de Epidemiologia v.20 suppl.1 2017reponame:Revista brasileira de epidemiologia (Online)instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)instacron:ABRASCO10.1590/1980-5497201700050007info:eu-repo/semantics/openAccessJosé,Bruno Piassi de SãoCorrêa,Ricardo de AmorimMalta,Deborah CarvalhoPassos,Valéria Maria de AzeredoFrança,Elisabeth BarbozaTeixeira,Renato AzeredoCamargos,Paulo Augusto Moreirapor2019-08-29T00:00:00Zoai:scielo:S1415-790X2017000500075Revistahttp://www.scielo.br/rbepidhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revbrepi@usp.br1980-54971415-790Xopendoar:2019-08-29T00:00Revista brasileira de epidemiologia (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)false
dc.title.none.fl_str_mv Mortalidade e incapacidade por doenças relacionadas à exposição ao tabaco no Brasil, 1990 a 2015
title Mortalidade e incapacidade por doenças relacionadas à exposição ao tabaco no Brasil, 1990 a 2015
spellingShingle Mortalidade e incapacidade por doenças relacionadas à exposição ao tabaco no Brasil, 1990 a 2015
José,Bruno Piassi de São
Mortalidade
Tabaco
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
Câncer
title_short Mortalidade e incapacidade por doenças relacionadas à exposição ao tabaco no Brasil, 1990 a 2015
title_full Mortalidade e incapacidade por doenças relacionadas à exposição ao tabaco no Brasil, 1990 a 2015
title_fullStr Mortalidade e incapacidade por doenças relacionadas à exposição ao tabaco no Brasil, 1990 a 2015
title_full_unstemmed Mortalidade e incapacidade por doenças relacionadas à exposição ao tabaco no Brasil, 1990 a 2015
title_sort Mortalidade e incapacidade por doenças relacionadas à exposição ao tabaco no Brasil, 1990 a 2015
author José,Bruno Piassi de São
author_facet José,Bruno Piassi de São
Corrêa,Ricardo de Amorim
Malta,Deborah Carvalho
Passos,Valéria Maria de Azeredo
França,Elisabeth Barboza
Teixeira,Renato Azeredo
Camargos,Paulo Augusto Moreira
author_role author
author2 Corrêa,Ricardo de Amorim
Malta,Deborah Carvalho
Passos,Valéria Maria de Azeredo
França,Elisabeth Barboza
Teixeira,Renato Azeredo
Camargos,Paulo Augusto Moreira
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv José,Bruno Piassi de São
Corrêa,Ricardo de Amorim
Malta,Deborah Carvalho
Passos,Valéria Maria de Azeredo
França,Elisabeth Barboza
Teixeira,Renato Azeredo
Camargos,Paulo Augusto Moreira
dc.subject.por.fl_str_mv Mortalidade
Tabaco
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
Câncer
topic Mortalidade
Tabaco
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
Câncer
description RESUMO: Introdução: A epidemia global do tabaco já assumiu proporções de pandemia, com cerca de 1,3 bilhão de usuários e 6 milhões de mortes anuais. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo analisar as tendências de mortalidade por doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e câncer de pulmão, lábios, cavidade oral, faringe e esôfago, no Brasil, entre 1990 e 2015. Métodos: O estudo foi viabilizado mediante parceria entre o Instituto Métricas e Avaliação em Saúde (IHME), da Universidade de Washington, Ministério da Saúde e o grupo técnico GBD Brasil, utilizando análise de estimativas do estudo Carga Global de Doenças 2015. Resultados: As taxas de mortalidade por DPOC caíram, já que, em 1990, foi de 64,5/100.000 habitantes e, em 2015, 44,5, queda de 31%. Para os vários tipos de câncer relacionados ao tabaco, a queda foi em menor proporção do que a verificada para DPOC. A mortalidade por câncer de pulmão permaneceu estável, com taxa de 18,7/100.000 habitantes, em 1990, e 18,3/100.000 habitantes, em 2015. Entre as mulheres, observa-se curva ascendente, com aumento de 20,7%. Discussão: O estudo aponta o tabaco como fator de risco para mortalidade prematura e incapacidades por DPOC e câncer. A importante redução da prevalência do tabaco nas últimas décadas poderia explicar reduções nas tendências de doenças relacionadas com o tabaco. A maior mortalidade por câncer de pulmão em mulheres pode expressar o aumento tardio do tabagismo nesse sexo. Conclusão: Ações nacionais nas últimas décadas têm tido grande efeito na diminuição da mortalidade de doenças relacionadas ao tabaco, mas ainda há grandes desafios, principalmente quando se trata de mulheres e jovens.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-05-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2017000500075
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2017000500075
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/1980-5497201700050007
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação Brasileira de Saúde Coletiva
publisher.none.fl_str_mv Associação Brasileira de Saúde Coletiva
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Epidemiologia v.20 suppl.1 2017
reponame:Revista brasileira de epidemiologia (Online)
instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
instacron:ABRASCO
instname_str Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
instacron_str ABRASCO
institution ABRASCO
reponame_str Revista brasileira de epidemiologia (Online)
collection Revista brasileira de epidemiologia (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de epidemiologia (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
repository.mail.fl_str_mv ||revbrepi@usp.br
_version_ 1754212955336998912