Uso de medidas autorreferidas de peso, altura e índice de massa corporal em uma população rural do nordeste brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins,Poliana Cardoso
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Carvalho,Maria Bernadete de, Machado,Carla Jorge
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de epidemiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2015000100137
Resumo: OBJETIVO: Avaliar a validade do uso de dados antropométricos autorreferidos para o diagnóstico do estado nutricional em adultos de uma população rural do nordeste brasileiro. MÉTODOS: Foi realizado um inquérito de base populacional em uma amostra de 797 indivíduos com 18 anos de idade ou mais. Obteve-se a proporção de indivíduos que conheciam as medidas antropométricas. Para as análises da concordância entre os que informaram as medidas foram calculadas: diferenças entre médias, coeficiente de correlação intraclasse (CCI), estatística Kappa, sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN). Obteve-se também os gráficos de Bland e Altman. RESULTADOS: Não sabiam relatar informações sobre peso e estatura 58,5% dos entrevistados. O peso foi a medida mais conhecida em comparação às demais. A magnitude da diferença entre as médias foi pequena para peso, altura e índice de massa corporal (IMC) (0,43 kg, 0,31cm, 0,32 kg/m2, respectivamente), evidenciado uma boa concordância intrapares e uma tendência de superestimação das medidas. Os CCI para peso, altura e IMC foram, respectivamente, 0,96; 0,60 e 0,53. A estatística Kappa indicou bom acordo para os estratos avaliados. As medidas gerais de sensibilidade, especificidade, VPP e VPN foram 84,2; 82; 90,7; e 71,3%, respectivamente. Apresentaram menor acurácia nas medidas os idosos, pessoas com escolaridade inferior a quatro anos e que não se pesam frequentemente. CONCLUSÃO: Recomenda-se o uso com cautela de medidas autorreferidas em estudos epidemiológicos em populações rurais.
id ABRASCO-1_1cf49ecf4188eafce8ff15a5bec0d066
oai_identifier_str oai:scielo:S1415-790X2015000100137
network_acronym_str ABRASCO-1
network_name_str Revista brasileira de epidemiologia (Online)
repository_id_str
spelling Uso de medidas autorreferidas de peso, altura e índice de massa corporal em uma população rural do nordeste brasileiroÍndice de massa corporalEstado nutricionalAntropometriaAutorrelatoEstudos de validaçãoPopulação rural OBJETIVO: Avaliar a validade do uso de dados antropométricos autorreferidos para o diagnóstico do estado nutricional em adultos de uma população rural do nordeste brasileiro. MÉTODOS: Foi realizado um inquérito de base populacional em uma amostra de 797 indivíduos com 18 anos de idade ou mais. Obteve-se a proporção de indivíduos que conheciam as medidas antropométricas. Para as análises da concordância entre os que informaram as medidas foram calculadas: diferenças entre médias, coeficiente de correlação intraclasse (CCI), estatística Kappa, sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN). Obteve-se também os gráficos de Bland e Altman. RESULTADOS: Não sabiam relatar informações sobre peso e estatura 58,5% dos entrevistados. O peso foi a medida mais conhecida em comparação às demais. A magnitude da diferença entre as médias foi pequena para peso, altura e índice de massa corporal (IMC) (0,43 kg, 0,31cm, 0,32 kg/m2, respectivamente), evidenciado uma boa concordância intrapares e uma tendência de superestimação das medidas. Os CCI para peso, altura e IMC foram, respectivamente, 0,96; 0,60 e 0,53. A estatística Kappa indicou bom acordo para os estratos avaliados. As medidas gerais de sensibilidade, especificidade, VPP e VPN foram 84,2; 82; 90,7; e 71,3%, respectivamente. Apresentaram menor acurácia nas medidas os idosos, pessoas com escolaridade inferior a quatro anos e que não se pesam frequentemente. CONCLUSÃO: Recomenda-se o uso com cautela de medidas autorreferidas em estudos epidemiológicos em populações rurais.Associação Brasileira de Saúde Coletiva2015-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2015000100137Revista Brasileira de Epidemiologia v.18 n.1 2015reponame:Revista brasileira de epidemiologia (Online)instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)instacron:ABRASCO10.1590/1980-5497201500010011info:eu-repo/semantics/openAccessMartins,Poliana CardosoCarvalho,Maria Bernadete deMachado,Carla Jorgepor2016-03-07T00:00:00Zoai:scielo:S1415-790X2015000100137Revistahttp://www.scielo.br/rbepidhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revbrepi@usp.br1980-54971415-790Xopendoar:2016-03-07T00:00Revista brasileira de epidemiologia (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)false
dc.title.none.fl_str_mv Uso de medidas autorreferidas de peso, altura e índice de massa corporal em uma população rural do nordeste brasileiro
title Uso de medidas autorreferidas de peso, altura e índice de massa corporal em uma população rural do nordeste brasileiro
spellingShingle Uso de medidas autorreferidas de peso, altura e índice de massa corporal em uma população rural do nordeste brasileiro
Martins,Poliana Cardoso
Índice de massa corporal
Estado nutricional
Antropometria
Autorrelato
Estudos de validação
População rural
title_short Uso de medidas autorreferidas de peso, altura e índice de massa corporal em uma população rural do nordeste brasileiro
title_full Uso de medidas autorreferidas de peso, altura e índice de massa corporal em uma população rural do nordeste brasileiro
title_fullStr Uso de medidas autorreferidas de peso, altura e índice de massa corporal em uma população rural do nordeste brasileiro
title_full_unstemmed Uso de medidas autorreferidas de peso, altura e índice de massa corporal em uma população rural do nordeste brasileiro
title_sort Uso de medidas autorreferidas de peso, altura e índice de massa corporal em uma população rural do nordeste brasileiro
author Martins,Poliana Cardoso
author_facet Martins,Poliana Cardoso
Carvalho,Maria Bernadete de
Machado,Carla Jorge
author_role author
author2 Carvalho,Maria Bernadete de
Machado,Carla Jorge
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Martins,Poliana Cardoso
Carvalho,Maria Bernadete de
Machado,Carla Jorge
dc.subject.por.fl_str_mv Índice de massa corporal
Estado nutricional
Antropometria
Autorrelato
Estudos de validação
População rural
topic Índice de massa corporal
Estado nutricional
Antropometria
Autorrelato
Estudos de validação
População rural
description OBJETIVO: Avaliar a validade do uso de dados antropométricos autorreferidos para o diagnóstico do estado nutricional em adultos de uma população rural do nordeste brasileiro. MÉTODOS: Foi realizado um inquérito de base populacional em uma amostra de 797 indivíduos com 18 anos de idade ou mais. Obteve-se a proporção de indivíduos que conheciam as medidas antropométricas. Para as análises da concordância entre os que informaram as medidas foram calculadas: diferenças entre médias, coeficiente de correlação intraclasse (CCI), estatística Kappa, sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN). Obteve-se também os gráficos de Bland e Altman. RESULTADOS: Não sabiam relatar informações sobre peso e estatura 58,5% dos entrevistados. O peso foi a medida mais conhecida em comparação às demais. A magnitude da diferença entre as médias foi pequena para peso, altura e índice de massa corporal (IMC) (0,43 kg, 0,31cm, 0,32 kg/m2, respectivamente), evidenciado uma boa concordância intrapares e uma tendência de superestimação das medidas. Os CCI para peso, altura e IMC foram, respectivamente, 0,96; 0,60 e 0,53. A estatística Kappa indicou bom acordo para os estratos avaliados. As medidas gerais de sensibilidade, especificidade, VPP e VPN foram 84,2; 82; 90,7; e 71,3%, respectivamente. Apresentaram menor acurácia nas medidas os idosos, pessoas com escolaridade inferior a quatro anos e que não se pesam frequentemente. CONCLUSÃO: Recomenda-se o uso com cautela de medidas autorreferidas em estudos epidemiológicos em populações rurais.
publishDate 2015
dc.date.none.fl_str_mv 2015-03-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2015000100137
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2015000100137
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/1980-5497201500010011
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação Brasileira de Saúde Coletiva
publisher.none.fl_str_mv Associação Brasileira de Saúde Coletiva
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Epidemiologia v.18 n.1 2015
reponame:Revista brasileira de epidemiologia (Online)
instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
instacron:ABRASCO
instname_str Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
instacron_str ABRASCO
institution ABRASCO
reponame_str Revista brasileira de epidemiologia (Online)
collection Revista brasileira de epidemiologia (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de epidemiologia (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
repository.mail.fl_str_mv ||revbrepi@usp.br
_version_ 1754212953974898688