Hanseníase e carência social: definição de áreas prioritárias em estado endêmico do Nordeste brasileiro
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de epidemiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2020000100406 |
Resumo: | RESUMO: Introdução: A hanseníase é uma doença que guarda estreita relação com as condições sociais e econômicas. O Brasil é o único país que ainda não alcançou a meta de eliminação da doença como problema de saúde pública. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo analisar a associação entre a carência social dos municípios baianos e a detecção de casos novos de hanseníase na população, como instrumento para a definição de áreas prioritárias para intervenção. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico realizado no estado da Bahia, no período de 2001 a 2015. Variáveis analisadas: coeficiente de detecção casos novos, índice de carência social (ICS) e hanseníase em menores de 15 anos. O ICS foi construído com base em quatro variáveis: índice de performance socioeconômica, renda per capita, proporção de extremamente pobres e densidade domiciliar. Na análise espacial, foram utilizadas modelagem bayesiana empírica local e estatística de Moran global e local. Na análise estatística, foram empregados regressão multivariada, espacial e logística, cálculo do odds ratio e análise de variância. Resultados: A hanseníase apresentou distribuição heterogênea no estado, com concentração no eixo norte-oeste e sul. Dos municípios, 60,4% (n = 252) apresentaram muito baixa condição de vida. Observou-se associação entre as condições de vida e a detecção da hanseníase, com maiores coeficientes no grupo de município com melhor condição de vida (p < 0,001). Conclusão: As piores condições atuaram como um impeditivo ao diagnóstico, ao mesmo tempo que ampliaram o risco de adoecimento. As boas condições possuem efeito inverso. |
id |
ABRASCO-1_51b66e147188423c5bd43410ce4a27a9 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1415-790X2020000100406 |
network_acronym_str |
ABRASCO-1 |
network_name_str |
Revista brasileira de epidemiologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Hanseníase e carência social: definição de áreas prioritárias em estado endêmico do Nordeste brasileiroHanseníasePobrezaCondições SociaisRESUMO: Introdução: A hanseníase é uma doença que guarda estreita relação com as condições sociais e econômicas. O Brasil é o único país que ainda não alcançou a meta de eliminação da doença como problema de saúde pública. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo analisar a associação entre a carência social dos municípios baianos e a detecção de casos novos de hanseníase na população, como instrumento para a definição de áreas prioritárias para intervenção. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico realizado no estado da Bahia, no período de 2001 a 2015. Variáveis analisadas: coeficiente de detecção casos novos, índice de carência social (ICS) e hanseníase em menores de 15 anos. O ICS foi construído com base em quatro variáveis: índice de performance socioeconômica, renda per capita, proporção de extremamente pobres e densidade domiciliar. Na análise espacial, foram utilizadas modelagem bayesiana empírica local e estatística de Moran global e local. Na análise estatística, foram empregados regressão multivariada, espacial e logística, cálculo do odds ratio e análise de variância. Resultados: A hanseníase apresentou distribuição heterogênea no estado, com concentração no eixo norte-oeste e sul. Dos municípios, 60,4% (n = 252) apresentaram muito baixa condição de vida. Observou-se associação entre as condições de vida e a detecção da hanseníase, com maiores coeficientes no grupo de município com melhor condição de vida (p < 0,001). Conclusão: As piores condições atuaram como um impeditivo ao diagnóstico, ao mesmo tempo que ampliaram o risco de adoecimento. As boas condições possuem efeito inverso.Associação Brasileira de Saúde Coletiva2020-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2020000100406Revista Brasileira de Epidemiologia v.23 2020reponame:Revista brasileira de epidemiologia (Online)instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)instacron:ABRASCO10.1590/1980-549720200007info:eu-repo/semantics/openAccessSouza,Carlos Dornels Freire deMagalhães,Mônica Avelar Figueiredo MafraLuna,Carlos Feitosapor2020-02-17T00:00:00Zoai:scielo:S1415-790X2020000100406Revistahttp://www.scielo.br/rbepidhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revbrepi@usp.br1980-54971415-790Xopendoar:2020-02-17T00:00Revista brasileira de epidemiologia (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Hanseníase e carência social: definição de áreas prioritárias em estado endêmico do Nordeste brasileiro |
title |
Hanseníase e carência social: definição de áreas prioritárias em estado endêmico do Nordeste brasileiro |
spellingShingle |
Hanseníase e carência social: definição de áreas prioritárias em estado endêmico do Nordeste brasileiro Souza,Carlos Dornels Freire de Hanseníase Pobreza Condições Sociais |
title_short |
Hanseníase e carência social: definição de áreas prioritárias em estado endêmico do Nordeste brasileiro |
title_full |
Hanseníase e carência social: definição de áreas prioritárias em estado endêmico do Nordeste brasileiro |
title_fullStr |
Hanseníase e carência social: definição de áreas prioritárias em estado endêmico do Nordeste brasileiro |
title_full_unstemmed |
Hanseníase e carência social: definição de áreas prioritárias em estado endêmico do Nordeste brasileiro |
title_sort |
Hanseníase e carência social: definição de áreas prioritárias em estado endêmico do Nordeste brasileiro |
author |
Souza,Carlos Dornels Freire de |
author_facet |
Souza,Carlos Dornels Freire de Magalhães,Mônica Avelar Figueiredo Mafra Luna,Carlos Feitosa |
author_role |
author |
author2 |
Magalhães,Mônica Avelar Figueiredo Mafra Luna,Carlos Feitosa |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Souza,Carlos Dornels Freire de Magalhães,Mônica Avelar Figueiredo Mafra Luna,Carlos Feitosa |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Hanseníase Pobreza Condições Sociais |
topic |
Hanseníase Pobreza Condições Sociais |
description |
RESUMO: Introdução: A hanseníase é uma doença que guarda estreita relação com as condições sociais e econômicas. O Brasil é o único país que ainda não alcançou a meta de eliminação da doença como problema de saúde pública. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo analisar a associação entre a carência social dos municípios baianos e a detecção de casos novos de hanseníase na população, como instrumento para a definição de áreas prioritárias para intervenção. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico realizado no estado da Bahia, no período de 2001 a 2015. Variáveis analisadas: coeficiente de detecção casos novos, índice de carência social (ICS) e hanseníase em menores de 15 anos. O ICS foi construído com base em quatro variáveis: índice de performance socioeconômica, renda per capita, proporção de extremamente pobres e densidade domiciliar. Na análise espacial, foram utilizadas modelagem bayesiana empírica local e estatística de Moran global e local. Na análise estatística, foram empregados regressão multivariada, espacial e logística, cálculo do odds ratio e análise de variância. Resultados: A hanseníase apresentou distribuição heterogênea no estado, com concentração no eixo norte-oeste e sul. Dos municípios, 60,4% (n = 252) apresentaram muito baixa condição de vida. Observou-se associação entre as condições de vida e a detecção da hanseníase, com maiores coeficientes no grupo de município com melhor condição de vida (p < 0,001). Conclusão: As piores condições atuaram como um impeditivo ao diagnóstico, ao mesmo tempo que ampliaram o risco de adoecimento. As boas condições possuem efeito inverso. |
publishDate |
2020 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2020-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2020000100406 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2020000100406 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/1980-549720200007 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Saúde Coletiva |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Saúde Coletiva |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Epidemiologia v.23 2020 reponame:Revista brasileira de epidemiologia (Online) instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) instacron:ABRASCO |
instname_str |
Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) |
instacron_str |
ABRASCO |
institution |
ABRASCO |
reponame_str |
Revista brasileira de epidemiologia (Online) |
collection |
Revista brasileira de epidemiologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista brasileira de epidemiologia (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) |
repository.mail.fl_str_mv |
||revbrepi@usp.br |
_version_ |
1754212956275474432 |