Glicemia de jejum de pacientes da rede pública de saúde na região sul de São Paulo: correlação com hemoglobina glicada e níveis lipídicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Franco,Luciana Ferreira
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Mafra,Ana Carolina Cintra Nunes, Bracco,Mario Maia, Franco,Laercio Joel, Naves,Larissa Kozloff, Ribeiro,Glória Maria Ferreira, Mangueira,Cristóvão Luis Pitangueira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de epidemiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2019000100449
Resumo: RESUMO: Introdução: A glicemia de jejum é um teste usado para o monitoramento do diabetes mellitus, bem como para seu rastreamento e diagnóstico. O objetivo do estudo foi analisar resultados de glicemia de jejum de pacientes da rede pública e sua correlação com hemoglobina glicada e lipídios. Métodos: Estudo transversal, com 77.581 pacientes, atendidos em 2014. Resultados: A maioria é do sexo feminino (65%), com idade entre 18 e 115 anos (53 ± 15,5 anos). A concordância entre glicemia de jejum e hemoglobina glicada foi moderada (Kappa = 0,416), entretanto foi substancial para níveis compatíveis com diabetes (Kappa = 0,689) e pobre para pré-diabetes (Kappa = 0,188). Glicemia de jejum ≥ 100 mg/dL foi encontrada em 41,1% dos pacientes e hemoglobina glicada ≥ 5,7% em 61,5%. As alterações lipídicas são mais frequentes nos indivíduos com alterações na glicemia. Dos 14.241 indivíduos com glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL, a microalbuminúria foi pesquisada em apenas 883 (6,2%) indivíduos, com resultado alterado em 201 (22,8%). Conclusões: Nos indivíduos que realizaram mais de uma dosagem de glicemia de jejum, a maioria permaneceu com exames alterados, principalmente os que apresentavam valores compatíveis com o diagnóstico de diabetes, sugerindo que não conseguem um controle adequado. A baixa frequência de pesquisa de microalbuminúria em indivíduos com glicemia de jejum sugestiva de diabetes reflete a pequena preocupação com o rastreio de suas complicações crônicas. A elevada frequência de dislipidemia nesses indivíduos evidencia ser uma população de elevado risco cardiovascular.
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