Endotoxina e câncer

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lundin,Jessica I.
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Checkoway,Harvey
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência & Saúde Coletiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000600016
Resumo: A exposição à endotoxina, componente de paredes celulares bacterianas gram-negativas, é muito comum em plantas industriais e no meio ambiente. Ambientes de alta exposição incluem fazendas de criação de animais, instalações têxteis de algodão e moinhos. Neste artigo, revemos estudos experimentais, epidemiológicos e ensaios clínicos sobre a hipótese de que a endotoxina previne o câncer. Desde os anos 70, estudos epidemiológicos em têxteis de algodão e outros grupos ocupacionais expostos à endotoxina demonstram redução no risco de câncer de pulmão. Pesquisa experimental de toxicologia animal e ensaios terapêuticos limitados em pacientes com câncer dão suporte para um potencial anticarcinogênico. Os mecanismos biológicos anticarcinogênicos de base ainda não são completamente compreendidos, mas acredita-se que incluem recrutamento e ativação de células imunológicas e mediadores pró-inflamatórios (ex.: fator de necrose tumoral α e interleucina-1 e - 6). Devido ao estágio atual de conhecimento, seria prematuro recomendar a endotoxina como agente quimiopreventivo. Porém, pesquisas epidemiológicas e experimentais que esclareçam relações de dosagem-efeito e exposição-relações temporais podem trazer benefícios para a saúde pública e a biomedicina básica.
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