Racionalidades médicas e integralidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tesser,Charles Dalcanale
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Luz,Madel Therezinha
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência & Saúde Coletiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000100024
Resumo: O objetivo deste artigo é discutir aspectos da "integralidade", princípio normativo do SUS, a partir de pesquisas organizadas ao redor da categoria "racionalidade médica" e da epistemologia de Ludwik Fleck. O artigo discute a categoria integralidade, defendendo que a mesma tem distintos significados para doentes e curadores especializados; tem maior relevância e significa uma missão permanente para estes últimos; vincula-se ao relacionamento curador-doente e à eficácia da ação terapêutica. A integralidade constitui um grave problema para a biomedicina, cujo saber esquartejou o doente e centrou sua ação nas "doenças biomédicas". Aí, a integralidade está tanto mais bloqueada quanto mais especializado o ambiente. A atenuação desses bloqueios passa pela periferia dos círculos especializados e pelo trabalho em equipes multidisciplinares, traduzidos no SUS, acertadamente, como prioridade para a atenção primária ou básica. Inversamente, outras racionalidades, como a homeopatia e a medicina tradicional chinesa, comportam um saber/prática facilitador da integralidade nos seus círculos esotéricos e seu desafio, além de sua presença incipiente no SUS, é levar ao mundo de suas práticas, a integralidade de seus círculos esotéricos originais.
id ABRASCO-2_22a596871c1dcd063b6e337268c5fe88
oai_identifier_str oai:scielo:S1413-81232008000100024
network_acronym_str ABRASCO-2
network_name_str Ciência & Saúde Coletiva (Online)
repository_id_str
spelling Racionalidades médicas e integralidadeIntegralidadeRacionalidades médicasMedicinas alternativasSaúde públicaO objetivo deste artigo é discutir aspectos da "integralidade", princípio normativo do SUS, a partir de pesquisas organizadas ao redor da categoria "racionalidade médica" e da epistemologia de Ludwik Fleck. O artigo discute a categoria integralidade, defendendo que a mesma tem distintos significados para doentes e curadores especializados; tem maior relevância e significa uma missão permanente para estes últimos; vincula-se ao relacionamento curador-doente e à eficácia da ação terapêutica. A integralidade constitui um grave problema para a biomedicina, cujo saber esquartejou o doente e centrou sua ação nas "doenças biomédicas". Aí, a integralidade está tanto mais bloqueada quanto mais especializado o ambiente. A atenuação desses bloqueios passa pela periferia dos círculos especializados e pelo trabalho em equipes multidisciplinares, traduzidos no SUS, acertadamente, como prioridade para a atenção primária ou básica. Inversamente, outras racionalidades, como a homeopatia e a medicina tradicional chinesa, comportam um saber/prática facilitador da integralidade nos seus círculos esotéricos e seu desafio, além de sua presença incipiente no SUS, é levar ao mundo de suas práticas, a integralidade de seus círculos esotéricos originais.ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva2008-02-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000100024Ciência & Saúde Coletiva v.13 n.1 2008reponame:Ciência & Saúde Coletiva (Online)instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)instacron:ABRASCO10.1590/S1413-81232008000100024info:eu-repo/semantics/openAccessTesser,Charles DalcanaleLuz,Madel Therezinhapor2008-01-15T00:00:00Zoai:scielo:S1413-81232008000100024Revistahttp://www.cienciaesaudecoletiva.com.brhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||cienciasaudecoletiva@fiocruz.br1678-45611413-8123opendoar:2008-01-15T00:00Ciência & Saúde Coletiva (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)false
dc.title.none.fl_str_mv Racionalidades médicas e integralidade
title Racionalidades médicas e integralidade
spellingShingle Racionalidades médicas e integralidade
Tesser,Charles Dalcanale
Integralidade
Racionalidades médicas
Medicinas alternativas
Saúde pública
title_short Racionalidades médicas e integralidade
title_full Racionalidades médicas e integralidade
title_fullStr Racionalidades médicas e integralidade
title_full_unstemmed Racionalidades médicas e integralidade
title_sort Racionalidades médicas e integralidade
author Tesser,Charles Dalcanale
author_facet Tesser,Charles Dalcanale
Luz,Madel Therezinha
author_role author
author2 Luz,Madel Therezinha
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Tesser,Charles Dalcanale
Luz,Madel Therezinha
dc.subject.por.fl_str_mv Integralidade
Racionalidades médicas
Medicinas alternativas
Saúde pública
topic Integralidade
Racionalidades médicas
Medicinas alternativas
Saúde pública
description O objetivo deste artigo é discutir aspectos da "integralidade", princípio normativo do SUS, a partir de pesquisas organizadas ao redor da categoria "racionalidade médica" e da epistemologia de Ludwik Fleck. O artigo discute a categoria integralidade, defendendo que a mesma tem distintos significados para doentes e curadores especializados; tem maior relevância e significa uma missão permanente para estes últimos; vincula-se ao relacionamento curador-doente e à eficácia da ação terapêutica. A integralidade constitui um grave problema para a biomedicina, cujo saber esquartejou o doente e centrou sua ação nas "doenças biomédicas". Aí, a integralidade está tanto mais bloqueada quanto mais especializado o ambiente. A atenuação desses bloqueios passa pela periferia dos círculos especializados e pelo trabalho em equipes multidisciplinares, traduzidos no SUS, acertadamente, como prioridade para a atenção primária ou básica. Inversamente, outras racionalidades, como a homeopatia e a medicina tradicional chinesa, comportam um saber/prática facilitador da integralidade nos seus círculos esotéricos e seu desafio, além de sua presença incipiente no SUS, é levar ao mundo de suas práticas, a integralidade de seus círculos esotéricos originais.
publishDate 2008
dc.date.none.fl_str_mv 2008-02-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000100024
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000100024
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S1413-81232008000100024
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva
publisher.none.fl_str_mv ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva
dc.source.none.fl_str_mv Ciência & Saúde Coletiva v.13 n.1 2008
reponame:Ciência & Saúde Coletiva (Online)
instname:Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
instacron:ABRASCO
instname_str Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
instacron_str ABRASCO
institution ABRASCO
reponame_str Ciência & Saúde Coletiva (Online)
collection Ciência & Saúde Coletiva (Online)
repository.name.fl_str_mv Ciência & Saúde Coletiva (Online) - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
repository.mail.fl_str_mv ||cienciasaudecoletiva@fiocruz.br
_version_ 1754213026724052992