Clínica ampliada em saúde mental: cuidar e suposição de saber no acompanhamento terapêutico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Estellita-Lins,Carlos
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Oliveira,Verônica Miranda, Coutinho,Maria Fernanda
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência & Saúde Coletiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232009000100026
Resumo: Este trabalho investiga o acompanhamento terapêutico, entendido como intervenção em saúde mental baseada em cuidados domiciliares. Destacamos a importância de intervenções comunitárias privilegiando formas de lidar com o sofrimento, seja através de uma concepção médica dos sintomas, fundada na visibilidade, seja valorizando uma leitura psicanalítica que recorre à escuta. Carecendo de teorização independente que fundamente sua prática, o AT (acompanhamento terapêutico) apropria-se de teorias provenientes de outros campos do saber que guardam afinidades. Neste sentido, abordamos a influência da psicanálise e sua participação na clínica ampliada em saúde mental através da prática clínica do AT, utilizando dois conceitos operatórios de amplo alcance, que são: sujeito suposto saber, proveniente da obra de Lacan, e cuidado, derivado de Winnicott. Ambos respondem a questões do campo teórico e orientam a atuação clínica. Concluímos que o AT realiza exigências do manejo transferencial sob a forma do cuidar exercido no cotidiano do sujeito, no qual desejo e subjetividade são necessariamente reconhecidos, sem que se configure como tecnologia psicoterápica, situando-se mais propriamente como sentinela clínica no campo da psiquiatria comunitária e saúde coletiva.
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