Simbolismo sobre "natural" na alimentação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ciência & Saúde Coletiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011000100018 |
Resumo: | Os sentidos incorporados representam um acervo de possibilidades para a vida futura capaz de construir identidades individuais e coletivas. Este trabalho aprofunda os habitus, nos termos de Bourdieu, associados aos estilos "natural" e fast-food, fazendo uma análise interpretativa das trocas simbólicas de elementos reproduzidos nas práticas de alimentação. Consideramos que o arranjo "bricolista" desses elementos possibilita permutas e hibridismos, marcado por uma tensão que reflete a insegurança das inovações tecnológicas. O "natural" é o representante do ideal de autossustentabilidade, da produção não poluidora, que aponta para um enfrentamento da crise sanitária e ecológica do planeta, resistindo à industrialização em larga escala e à urbanização acelerada, entendidos como fatores de depredação das condições básicas de vida. As trocas se dão em um jogo simbólico articulado com o econômico global, em que os atores sociais fazem apostas, illusio, de acordo com intenções particulares na ação concreta. Há chance para reformulação das regras do jogo "no jogo", pois ainda que com um equilíbrio precário de forças, com perdas para o lado mais fraco, um agente pode ter em seu acervo a possibilidade de não reproduzir as pressões da globalização alimentar, o que está distante do que possa aparecer como sobrenatural. |
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