Identidade social de pessoas com condições raras e ausência de diagnóstico: contribuições a partir de Hall, Honneth e Jutel

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes,Jacqueline de Souza
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência & Saúde Coletiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232019001003701
Resumo: Resumo Reconhecemos que pessoas com condições raras são um grupo com identidade social e buscamos compreender quais as implicações deste reconhecimento quanto à estigmatização ou à emancipação delas. Amparamo-nos na observação de que muitas das pessoas rotuladas com condições raras recebem a informação de que seus sintomas caracterizam uma “doença rara”, mas não lhes é especificada qual seja. E, nesta medida, muitas pessoas com condições raras tornam-se também “deficientes”, pessoas com “dificuldades de aprendizagem” ou tantos outros rótulos que nem sempre são bem vistos socialmente. Este artigo está organizado a partir de três eixos de análise, fundamentando-nos em Stuart Hall, Axel Honneth e Annemarie Jutel. Primeiramente, discutimos a construção da identidade social de pessoas com condições raras a partir de uma releitura sobre a “crise de identidade” nos termos de Hall. Em seguida, examinamos a identidade das pessoas com condições raras pela ótica da teoria de justiça como reconhecimento, especialmente em função do que Honneth apresenta como “reconhecimento recíproco”. Por fim, pontuamos algumas das especificidades das demandas por reconhecimento de pessoas com condições raras, mas sem diagnóstico, fundamentando-nos na sociologia do diagnóstico, a partir de uma interlocução com Annemarie Jutel.
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