Práticas sociais de regulação da identidade do cirurgião-dentista
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ciência & Saúde Coletiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232006000100019 |
Resumo: | Um problema recorrente encontrado nos relatos das atas da Associação Odontológica de Blumenau, na década de 1960, é o que se refere ao confronto entre dentistas formados e práticos. Estas relações de confronto não são exclusivas da cidade catarinense, mas, ao contrário, se generalizaram no Brasil, e caracterizaram a emergência de uma nova identidade profissional no país. Este estudo trata, portanto, do confronto no qual se deu a emergência da regulação e da institucionalização da profissão no século 20, e se propõe a mostrar como estas experiências puderam constituir uma identidade profissional: a do cirurgião-dentista. A pesquisa combinou dados oriundos de diferentes fontes históricas, tais como atas institucionais, documentos jurídicos, relatórios governamentais, obras sobre a história da odontologia, além de entrevistas com práticos e cirurgiões-dentistas, reportagens jornalísticas e livros técnicos. Os argumentos que fundamentam o movimento de institucionalização e regulação da profissão estabeleceram um distanciamento entre as práticas dos formados e as dos práticos, um distanciamento assegurado por medidas punitivas criadas em nome do monopólio da prática odontológica dita verdadeira, porque científica. A ruptura se estabelece em nome de uma nova prática, apesar dos dados demonstrarem que há aproximação entre os saberes e práticas realizados por ambos os grupos estudados. |
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