A fome como processo e a reprodução social capitalista
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Boletim Paulista de Geografia |
Texto Completo: | https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/1992 |
Resumo: | A pandemia do Coronavírus já é responsável pela expansão e intensificação da fome em todo mundo. No entanto, mesmo antes da pandemia um quarto da população mundial tinha sua alimentação quantitativa e qualitativamente restringida e quatro em cada dez brasileiros se preocupavam com o fato de que os alimentos disponíveis poderiam acabar antes que eles pudessem comprar ou receber mais comida. O presente artigo tem como objetivo problematizar as principais definições e formas de mensuração da fome e evidenciar que a compreensão deste fenômeno em toda sua extensão e intensidade exige a consideração das relações sociais capitalistas. Para isso, tomo como fundamento teórico a crítica da economia política para analisar os dados oficiais e compor um quadro sobre a fome no Brasil e no mundo. A partir desse quadro, discuto como a produção e reprodução da força de trabalho criam as condições responsáveis pela existência da fome em um momento no qual a produção de alimentos é mais do que suficiente para alimentar toda a população mundial. Por fim, analiso como a crise econômica associada à pandemia será responsável pela sobreposição da fome em suas formas endêmica e epidêmica e indico como a fome permite a intensificação da expropriação e da exploração. |
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