O CAMPO DA GEOGRAFIA PSICOLÓGICA:: ABORDAGENS E DIÁLOGOS BIBLIOGRÁFICOS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Boletim Paulista de Geografia |
Texto Completo: | https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/2889 |
Resumo: | Neste artigo analisamos, na primeira metade do século XX, a emergência do campo da Geografia Psicológica, que abordou a descrição dos hábitos corporais, materiais, sociais, morais e psíquicos que caracterizam o comportamento de um grupo em um determinado ambiente. Era uma psicologia social com uma dimensão geográfica, ansiosa para compreender a diversidade da "alma humana" na superfície da Terra. Também nos voltamos para as décadas de 1960, 1970 e 1980, tendo como base pesquisas pioneiras de geógrafos que se inspiraram nos trabalhos de muitas correntes da psicologia para entender a relação subjetiva, cognitiva e emocional dos indivíduos com seu ambiente. Entre muitos geógrafos que trabalharam essas relações na geografia, destaca-se o francês Georges Hardy que em 1939 lança o livro La Géographie Psychologique. Hardy desenvolve a noção de paisagem psicológica na qual os hábitos descritos se materializam no espaço físico, num tipo de habitat. Atualmente, se reconhece que ambas as áreas – Geografia e Psicologia – já trabalham de forma colaborativa nas seguintes frentes: percepção, identidade de lugar, entitividade, personalidade, representações, imagens, dimensão simbólica, resiliência, cognição de risco, escolha e tomada de decisão espacial, pensamento e comportamento espacial, ou seja, os processos psíquicos de instauração de sentido da realidade. Para além desses, sugerimos temas como: educação personalizada (Inteligência Artificial versus comunitária), Emotions Cities, Influências do Neoliberalismo no psiquismo, sociedade pós-pandêmica, neurociências e cibernética, Geotraumas, dentre outros. Portanto o contexto das tendências da Geografia mostra que, diante das novas demandas interdisciplinares e das abordagens culturais e humanistas, é necessário aprofundar o conhecimento das relações interdisciplinares, entendendo seus limites e potencialidades. |
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