Momento da extubação e evolução pós-operatória de toracotomia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almada,Carolina Pereira da Silva
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Martins,Fernando Antonio Nogueira da Cruz, Tardelli,Maria Ângela, Amaral,José Luiz Gomes do
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302007000300016
Resumo: OBJETIVO: A extubação traqueal precoce após cirurgias favorece a evolução dos pacientes e reduz o tempo de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), reduzindo custos hospitalares. Em cirurgias de ressecção pulmonar, tradicionalmente o pós-operatório imediato é realizado em UTI com pacientes entubados. Nesse estudo avaliou-se prontuários de pacientes submetidos a toracotomia e estabeleceu-se correlação entre o momento da extubação, a evolução pós-operatória e a internação em UTI. MÉTODOS: Estudo tipo coorte retrospectivo de prontuários de 121 pacientes submetidos a cirurgias de ressecção pulmonar. Foram relacionados o tempo de internação em UTI e o momento da extubação traqueal. A evolução pós-operatória foi classificada em boa ou ruim de acordo com a ausência ou a presença de: infecções, problemas respiratórios (reintubação, broncospasmo, edema agudo de pulmão, necessidade de traqueostomia, atelectasias, fístulas), reabordagem por sangramento, óbito. Entre os grupos foram analisadas as condições pré-operatórias, classificação de estado físico anestésico (critério da American Society of Anesthesyologists - ASA), presença de comorbidades, avaliação funcional respiratória e duração do procedimento cirúrgico. Utilizou-se o risco relativo para avaliar o efeito do tempo de extubação na evolução pós-operatória dos pacientes. RESULTADOS: A distribuição dos pacientes quanto ao tempo de extubação foi: 81% extubações imediatas, 15% não imediatas e 4% não-extubados. Em relação ao destino, 73% foram encaminhados à UTI e 27% à sala de recuperação anestésica. A incidência de comorbidades (hipertensão arterial, diabetes melito, distúrbio ventilatório restritivo ou obstrutivo e cardiopatias) entre o grupo extubado imediatamente e aquele com extubação não imediata foi de 37% e 41,6%, respectivamente. Quanto ao estado físico (ASA), observou-se: pacientes ASA 1 ou 2 - 62% no grupo de extubação imediata e 58,3% no grupo de extubação não imediata; pacientes ASA 3 a 5 8% no grupo de extubação imediata e 8,3% no grupo de extubação não imediata. O tempo cirúrgico (média ± desvio-padrão) foi de 372,34 ± 107,84 minutos no grupo extubado imediatamente e 432,61 ± 117,30 minutos no grupo não-extubado. O risco relativo para a extubação imediata favorecer má evolução foi 0,81; enquanto para a extubação não imediata favorecer má evolução foi 1,5. CONCLUSÃO: É possível a extubação traqueal imediata com segurança de pacientes submetidos a cirurgias de ressecção pulmonar. Tal conduta facilita a recuperação pós-operatória fora da Unidade de Terapia Intensiva, resultando em benefícios aos pacientes e aos hospitais.
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