Construção de sentido nas narrativas de doentes crônicos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302010000200016 |
Resumo: | OBJETIVO: Entender o modo como os doentes crônicos ressignificam a vida por meio de suas práticas discursivas. MÉTODOS: Foram selecionadas seis entrevistas de um total de 17 realizadas com doentes crônicos de um hospital público da região metropolitana de Porto Alegre. As entrevistas gravadas e transcritas produziram narrativas sobre a situação existencial ante à doença, as perspectivas de futuro, a compreensão do diagnóstico e da terapêutica e o papel dos profissionais na ressignificação. As falas foram divididas em repertórios linguísticos sobre o diagnóstico e sobre a terapêutica. RESULTADOS: Nos primeiros, as narrativas de sentido estão construídas ao redor da causa da doença de fundo genético (destino) ou devido ao estilo de vida (culpa). Nos repertórios sobre a terapêutica as narrativas de reconfiguração da identidade pessoal (self) dependem da autonomia ou da heteronomia diante da palavra do médico como mediador de salvação, da percepção do corpo como fator de relação, da representação social do medicamento e da situação emocional. CONCLUSÃO: A autosatisfação depende de encontrar o fio para costurar os elementos da existência a partir de um novo molde de sentido possibilitando uma nova identidade. O profissional precisa estar atento às narrativas de reconstrução da identidade para que os meios terapêuticos produzam o efeito esperado e o enfermo se sinta sujeito do processo, assumindo com autonomia as mudanças necessárias em sua vida. |
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Construção de sentido nas narrativas de doentes crônicosDoença crônicaDiagnósticoTerapêuticaNarrativas pessoaisIndividualidadeOBJETIVO: Entender o modo como os doentes crônicos ressignificam a vida por meio de suas práticas discursivas. MÉTODOS: Foram selecionadas seis entrevistas de um total de 17 realizadas com doentes crônicos de um hospital público da região metropolitana de Porto Alegre. As entrevistas gravadas e transcritas produziram narrativas sobre a situação existencial ante à doença, as perspectivas de futuro, a compreensão do diagnóstico e da terapêutica e o papel dos profissionais na ressignificação. As falas foram divididas em repertórios linguísticos sobre o diagnóstico e sobre a terapêutica. RESULTADOS: Nos primeiros, as narrativas de sentido estão construídas ao redor da causa da doença de fundo genético (destino) ou devido ao estilo de vida (culpa). Nos repertórios sobre a terapêutica as narrativas de reconfiguração da identidade pessoal (self) dependem da autonomia ou da heteronomia diante da palavra do médico como mediador de salvação, da percepção do corpo como fator de relação, da representação social do medicamento e da situação emocional. CONCLUSÃO: A autosatisfação depende de encontrar o fio para costurar os elementos da existência a partir de um novo molde de sentido possibilitando uma nova identidade. O profissional precisa estar atento às narrativas de reconstrução da identidade para que os meios terapêuticos produzam o efeito esperado e o enfermo se sinta sujeito do processo, assumindo com autonomia as mudanças necessárias em sua vida.Associação Médica Brasileira2010-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302010000200016Revista da Associação Médica Brasileira v.56 n.2 2010reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online)instname:Associação Médica Brasileira (AMB)instacron:AMB10.1590/S0104-42302010000200016info:eu-repo/semantics/openAccessJunges,José RoqueBagatini,Tatianepor2010-05-13T00:00:00Zoai:scielo:S0104-42302010000200016Revistahttps://ramb.amb.org.br/ultimas-edicoes/#https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||ramb@amb.org.br1806-92820104-4230opendoar:2010-05-13T00:00Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB)false |
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