Construção de sentido nas narrativas de doentes crônicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Junges,José Roque
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Bagatini,Tatiane
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302010000200016
Resumo: OBJETIVO: Entender o modo como os doentes crônicos ressignificam a vida por meio de suas práticas discursivas. MÉTODOS: Foram selecionadas seis entrevistas de um total de 17 realizadas com doentes crônicos de um hospital público da região metropolitana de Porto Alegre. As entrevistas gravadas e transcritas produziram narrativas sobre a situação existencial ante à doença, as perspectivas de futuro, a compreensão do diagnóstico e da terapêutica e o papel dos profissionais na ressignificação. As falas foram divididas em repertórios linguísticos sobre o diagnóstico e sobre a terapêutica. RESULTADOS: Nos primeiros, as narrativas de sentido estão construídas ao redor da causa da doença de fundo genético (destino) ou devido ao estilo de vida (culpa). Nos repertórios sobre a terapêutica as narrativas de reconfiguração da identidade pessoal (self) dependem da autonomia ou da heteronomia diante da palavra do médico como mediador de salvação, da percepção do corpo como fator de relação, da representação social do medicamento e da situação emocional. CONCLUSÃO: A autosatisfação depende de encontrar o fio para costurar os elementos da existência a partir de um novo molde de sentido possibilitando uma nova identidade. O profissional precisa estar atento às narrativas de reconstrução da identidade para que os meios terapêuticos produzam o efeito esperado e o enfermo se sinta sujeito do processo, assumindo com autonomia as mudanças necessárias em sua vida.
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