Tratamento da recidiva hemorrágica por varizes do esôfago em doentes esquistossomóticos operados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Assef,José Cesar
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Capua Junior,Armando de, Szutan,Luiz Arnaldo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302003000400032
Resumo: OBJETIVO: Padronizar o tratamento da recidiva hemorrágica por varizes do esôfago em esquistossomóticos, após operações não-derivativas. MÉTODOS: Tratamos 45 doentes esquistossomóticos que apresentaram recidiva hemorrágica por varizes do esôfago. Realizamos ultra-sonografia abdominal, e, estudos angiográficos constituindo-se dois grupos: Grupo A - Dezenove doentes (42,2%) com ausência do baço, artéria esplênica ocluída e artéria e veia gástricas esquerdas pérvias, caracterizando a esplenectomia na operação anterior. Grupo B - Vinte e seis doentes (57,8%) com imagem esplênica ausente, artérias esplênica e gástrica esquerda ocluídas e veia gástrica esquerda não-opacificada, evidenciando esplenectomia e alguma forma de desvascularização gastroesofágica praticadas anteriormente. Os doentes do Grupo A foram reoperados para executar a desvascularização gastroesofágica e os do Grupo B, submetidos a programa de escleroterapia endoscópica. RESULTADOS: No Grupo A, um paciente (5,3%) apresentou recidiva hemorrágica no pós-operatório tardio. Na avaliação endoscópica final, as varizes esofágicas diminuíram, em número ou calibre, em 14 doentes (73,7%), desapareceram em três (15,8%) e em dois (10,5%), permaneceram inalteradas. No Grupo B, seis pacientes (23,1%) apresentaram recidiva do sangramento, controlada em quatro deles e em dois, que persistiram com sangramento praticou-se a derivação mesentérico-cava e ambos morreram. Na última avaliação endoscópica, as varizes esofágicas desapareceram em 17 doentes (65,4%), reduziram o número ou calibre em sete (26,9%) e, em dois (7,7%), permaneceram inalteradas. CONCLUSÕES: 1) A desvacularização gastroesofágica é adequada para os doentes esplenectomizados, com a artéria e a veia gástricas esquerdas pérvias. 2) Um programa de longa duração de escleroterapia endoscópica das varizes do esôfago pode ser uma opção para os doentes esplenectomizados, com a artéria gástrica esquerda ocluída e veia gástrica esquerda não-opacificada.
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