Entraves no acesso à atenção médica: vivências de pessoas com infarto agudo do miocárdio
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302007000300021 |
Resumo: | OBJETIVO: Analisar o caminho percorrido por homens e mulheres que sofreram infarto agudo do miocárdio até conseguirem atenção médica. Conhecer essa trajetória pode permitir a tomada de decisões que resultem em atendimento precoce e eficiente nos primeiros minutos após o início dos sintomas, reduzindo a morbi-mortalidade. MÉTODOS: Foram entrevistadas 43 mulheres e 54 homens que sofreram infarto com dor. Os dados foram submetidos a análise de conteúdo e inferência estatística. RESULTADOS:A mediana de idade para os homens foi 55,3 e para as mulheres 61,5 anos. Predominou para os sexos a baixa escolaridade, inatividade profissional e ocorrência do infarto no domicílio. Os homens tinham renda familiar maior (p=0,005) e viviam mais em companhia de alguém (p=0,001). Somente 7% das mulheres utilizaram ambulância. Dois terços da amostra procuraram o hospital como primeiro local de atendimento, mas apenas 33% conseguiram internação. Assim, 67% dos sujeitos perambularam por até cinco serviços até conseguirem a hospitalização. As principais razões para não admissão hospitalar foram falta de recursos, negação de atendimento e encaminhamento médico para casa. O local procurado para atendimento, número de atendimentos recebidos até a hospitalização e a ação médica não foram associados ao sexo (p=NS). CONCLUSÃO: Homens e mulheres optaram por meios de transporte e locais de atendimento inadequados e o sistema de saúde não parece preparado para atendê-los. Estes achados convidam à reflexão sobre a importância e os alvos dos programas da educação para saúde e a qualidade da assistência ao infarto. |
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