Avaliação da maturidade fetal em gestações de alto risco: análise dos resultados de acordo com a idade gestacional
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Data de Publicação: | 2001 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302001000400038 |
Resumo: | OBJETIVO: Estudar a avaliação da maturidade fetal em gestações de alto risco e analisar os resultados neonatais. MÉTODOS: Entre julho de 1998 e agosto de 1999 foram realizadas, no Setor de Vitalidade Fetal da Clínica Obstétrica do HC-FMUSP, 180 amniocenteses para avaliação da maturidade fetal, sendo realizados os testes de Clements em três tubos e a contagem de células orangiófilas coradas com Azul de Nilo a 0,1%. Os resultados perinatais foram correlacionados com a maturidade fetal em 75 casos cujo parto ocorreu até sete dias após a punção. RESULTADOS: Na macroscopia, 91% das amostras apresentavam líquido amniótico claro, 3,3% meconial e 5,6% hemorrágico. A maturidade foi observada em 28% dos exames realizados. Na avaliação dos resultados perinatais, quando a maturidade estava ausente, a necessidade de intubação do recém-nascido ocorreu em três casos (13%) e nos fetos maduros isto ocorreu em um caso (2,5%) (p<0,05). A necessidade de internação em UTI neonatal ocorreu em 65% dos recém-nascidos que apresentavam líquido imaturo e em apenas 10% dos maduros (p<0,0001). CONCLUSÕES: Os recém-nascidos das gestantes com maturidade fetal presente apresentaram com menor freqüência necessidade de intubação na sala de parto e de internação em UTI neonatal, demonstrando menor morbidade perinatal. Entre a 29ª e a 32ª semana de gestação, foram observados cerca de 10% de fetos maduros, demonstrando que, quando necessário, a avaliação da maturidade pode ser realizada neste período da gravidez. Não observamos casos com maturidade fetal abaixo de 29 semanas, limitando a realização deste exame neste período. |
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Avaliação da maturidade fetal em gestações de alto risco: análise dos resultados de acordo com a idade gestacionalMaturidade fetalAmniocenteseLíquido amnióticoOBJETIVO: Estudar a avaliação da maturidade fetal em gestações de alto risco e analisar os resultados neonatais. MÉTODOS: Entre julho de 1998 e agosto de 1999 foram realizadas, no Setor de Vitalidade Fetal da Clínica Obstétrica do HC-FMUSP, 180 amniocenteses para avaliação da maturidade fetal, sendo realizados os testes de Clements em três tubos e a contagem de células orangiófilas coradas com Azul de Nilo a 0,1%. Os resultados perinatais foram correlacionados com a maturidade fetal em 75 casos cujo parto ocorreu até sete dias após a punção. RESULTADOS: Na macroscopia, 91% das amostras apresentavam líquido amniótico claro, 3,3% meconial e 5,6% hemorrágico. A maturidade foi observada em 28% dos exames realizados. Na avaliação dos resultados perinatais, quando a maturidade estava ausente, a necessidade de intubação do recém-nascido ocorreu em três casos (13%) e nos fetos maduros isto ocorreu em um caso (2,5%) (p<0,05). A necessidade de internação em UTI neonatal ocorreu em 65% dos recém-nascidos que apresentavam líquido imaturo e em apenas 10% dos maduros (p<0,0001). CONCLUSÕES: Os recém-nascidos das gestantes com maturidade fetal presente apresentaram com menor freqüência necessidade de intubação na sala de parto e de internação em UTI neonatal, demonstrando menor morbidade perinatal. Entre a 29ª e a 32ª semana de gestação, foram observados cerca de 10% de fetos maduros, demonstrando que, quando necessário, a avaliação da maturidade pode ser realizada neste período da gravidez. Não observamos casos com maturidade fetal abaixo de 29 semanas, limitando a realização deste exame neste período.Associação Médica Brasileira2001-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302001000400038Revista da Associação Médica Brasileira v.47 n.4 2001reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online)instname:Associação Médica Brasileira (AMB)instacron:AMB10.1590/S0104-42302001000400038info:eu-repo/semantics/openAccessNOMURA,R.M.Y.MIYADAHIRA,S.FRANCISCO,R.P.V.OKATANI,D.ZUGAIB,M.por2002-01-23T00:00:00Zoai:scielo:S0104-42302001000400038Revistahttps://ramb.amb.org.br/ultimas-edicoes/#https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||ramb@amb.org.br1806-92820104-4230opendoar:2002-01-23T00:00Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB)false |
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