Tratamento da desnutrição em crianças hospitalizadas em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sarni,Roseli Oselka Saccardo
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Souza,Fabíola Isabel Suano de, Catherino,Priscila, Kochi,Cristiane, Oliveira,Fernanda Luisa Ceragioli, Nóbrega,Fernando José de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302005000200018
Resumo: OBJETIVO: Avaliar a evolução antropométrica, terapia nutricional e mortalidade de crianças desnutridas hospitalizadas em centro de referência. MÉTODOS: Em estudo retrospectivo, avaliou-se 98 prontuários de crianças desnutridas (ZPI<-2), sem doença crônica associada. Dados coletados: diagnóstico à internação (DI), tipo, via e tolerância da dieta, tempo de internação (TINT). Peso e estatura na internação e na alta. Para classificação antropométrica e evolução nutricional utilizou-se: índices peso/estatura (ZPE), estatura/idade (ZE) e peso/idade (ZP) expressos na forma de escore z. A terapia utilizada baseou-se nas normas da Organização Mundial da Saúde (OMS) com adaptações em relação à dieta. Empregou-se sempre fórmulas industrializadas: infantil polimérica isenta de lactose (FI) para crianças com diarréia, com menor conteúdo de lactose (FB) para crianças sem diarréia e infantil semi-elementar contendo proteína do leite de vaca hidrolisada até peptídios (H) para crianças em sepse ou diarréia crônica (fase de estabilização). Para todas as crianças na fase de recuperação nutricional utilizou-se fórmula com menor conteúdo de lactose (FB). Estudo estatístico: teste t-pareado e Qui-quadrado. RESULTADOS: Encontrou-se mediana de idade de 9,8 meses, TINT 17 dias e taxa de letalidade de 2%. Pneumonia e doença diarréica corresponderam a 81,6% dos DI. Observou-se melhora do ZE, ZP e ZPE em 17,3%, 82,7% e 92,2% das crianças, respectivamente. Dieta mais utilizada na admissão foi a FI (47,4%) sendo a fórmula H utilizada em 7,4% das crianças. Na evolução da terapia nutricional, constatou-se uso de sonda em 20,4% e nutrição parenteral em 5,1% das crianças. Em relação à tolerância à dieta, observou-se que 87,8% apresentaram boa evolução com a dieta inicialmente instituída. CONCLUSÕES: O protocolo modificado da OMS foi efetivo no tratamento de crianças gravemente desnutridas, propiciando recuperação nutricional satisfatória com baixo índice de letalidade.
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