Acidente ofídico no estado de Goiás

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinho,Fábia Maria Oliveira
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Oliveira,Elane Silva, Faleiros,Fernanda
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302004000100043
Resumo: OBJETIVO: Avaliar aspectos epidemiológicos dos acidentes por serpentes peçonhentas ocorridos no Estado de Goiás. MÉTODOS: Foram analisadas ''Fichas de investigação de acidentes por animais peçonhentos'', pertencentes ao sistema de notificação da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás, no triênio 1998-2000. RESULTADOS: Foram notificados, neste período, 3.261 acidentes por serpentes peçonhentas, com coeficiente de incidência variando entre 20 e 23/100.000 habitantes. O maior número de casos ocorreu entre os meses de outubro e abril. Dentre os 2.350 casos em que houve referência ao gênero da serpente, 78,6% foram causados por Bothrops, 20,8% por Crotalus e 6% por Micrurus. Houve predominância do sexo masculino (78,5%) e com faixa etária entre 20 e 39 anos de idade. As regiões anatômicas mais freqüentemente picadas foram: pé (43,6%), pernas (23,2%) e mãos (20,1%). Em relação ao tempo de atendimento, mais de 80% dos envenenamentos foram atendidos com menos de 6 horas da picada. Os envenenamentos foram classificados, de acordo com a gravidade, em leves (31,6%), moderados (47,5%) ou graves (9,6%). As complicações mais comuns foram necrose tecidual no local da picada (31,8%) nos envenenamentos botrópicos e insuficiência renal aguda (1,2%) nos envenenamentos crotálicos. A letalidade geral foi de 0,46%, sendo a maior taxa observada entre acidentes crotálicos (1%). CONCLUSÕES: Acidentes por serpentes peçonhentas no Estado de Goiás acometem principalmente a população jovem do sexo masculino e têm sido causa de óbito.
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