Peritonite bacteriana espontânea na cirrose hepática: prevalência, fatores preditivos e prognóstico
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Data de Publicação: | 1999 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301999000200007 |
Resumo: | OBJETIVO: Investigar prevalência, fatores preditivos e prognóstico dos episódios de Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE) na cirrose hepática. METODOLOGIA: Estudamos, prospectivamente, 143 pacientes com cirrose hepática, ambulatoriais ou internados, que foram atendidos nos Serviços de Clínica Médica do HUCFF e de Gastroenterologia do HUPE no período de janeiro/95 a janeiro/96. Estes pacientes foram submetidos a questionário, exame físico, colheita de sangue e paracentese abdominal com colheita de líquido ascítico (LA) e, então, acompanhados por um período médio de 4 meses, onde a taxa de mortalidade foi determinada. RESULTADOS: A prevalência de PBE foi cerca de 20%, sendo 24% PBE cultura positiva, 66% Ascite Neutrofílica cultura negativa e 10% Bacterioascite. Na análise univariada, alcançaram significância estatística (p=0.05) como fatores preditivos do episódio de PBE: HGI na semana anterior; passado de encefalopatia hepática; classificação de Child; dosagens séricas de proteínas, albumina, C3, C4 e uréia; dosagens no LA de C3 e C4. Após serem introduzidas na análise multivariada, apenas HGI na semana anterior, albumina sérica e C4 do LA foram independentemente correlacionadas ao episódio de PBE (p=0.05). A mortalidade hospitalar e durante o acompanhento foi de 33,3% e 53,8% para o grupo com PBE; 8,5% e 31,9% para o grupo sem PBE; respectivamente (p=0.01 e p=0.04). A probabilidade cumulativa de sobrevida foi significativamente menor no grupo com PBE. CONCLUSÕES: A PBE é uma complicação freqüente, depende, principalmente, da gravidade da doença hepática e é um marcador de prognóstico desfavorável nos pacientes com cirrose hepática. |
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