Mensuração da pressão intracraniana e desfechos em curto prazo de pacientes com lesão encefálica traumática: uma análise de propensão pareada
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de terapia intensiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2015000400315 |
Resumo: | RESUMO Objetivo: Avaliar o impacto do monitoramento da pressão intracraniana nos desfechos em curto prazo de pacientes com lesão encefálica traumática. Métodos: Estudo retrospectivo e observacional que incluiu 299 pacientes consecutivos admitidos por lesão cerebral traumática entre janeiro de 2011 e julho de 2012 em um centro de trauma Nível 1 localizado em São Paulo (SP). Os pacientes foram categorizados em dois grupos, segundo a mensuração da pressão intracraniana (grupos com mensuração da pressão intracraniana e sem mensuração da pressão intracraniana). Aplicamos uma análise de propensão pareada para ajustar quanto a possíveis fatores de confusão (variáveis contidas no algoritmo prognóstico CRASH Score). Resultados: A mortalidade global aos 14 dias (16%) foi equivalente à observada em países desenvolvidos no estudo CRASH, e melhor que o previsto com base na calculadora de escore CRASH (20,6%), com uma proporção padronizada de mortalidade de 0,77. No total, 28 pacientes receberam monitoramento da pressão intracraniana (grupo com mensuração da pressão intracraniana), dos quais 26 foram pareados em proporção 1:1 com pacientes do grupo sem mensuração da pressão intracraniana. Não houve melhora no grupo com mensuração da pressão intracraniana em comparação àquele sem mensuração da pressão intracraniana quanto à mortalidade hospitalar, à mortalidade aos 14 dias, ou à mortalidade combinada hospitalar e em hospital de retaguarda. A sobrevivência até 14 dias foi também similar entre os grupos. Conclusão: Os pacientes que receberam monitoramento da pressão intracraniana tendem a ser portadores de lesões encefálicas mais graves. Porém, após ajustar quanto a múltiplos fatores de confusão com a utilização de um escore de propensão, não se observou qualquer benefício em termos de sobrevivência entre os pacientes com monitoramento da pressão intracraniana em relação aos tradados segundo um protocolo clínico sistematizado. |
id |
AMIB-1_1144c48e5b6a1fbc47e33385ea6cb314 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0103-507X2015000400315 |
network_acronym_str |
AMIB-1 |
network_name_str |
Revista brasileira de terapia intensiva (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Mensuração da pressão intracraniana e desfechos em curto prazo de pacientes com lesão encefálica traumática: uma análise de propensão pareadaTraumatismos encefálicosPressão intracranianaRESUMO Objetivo: Avaliar o impacto do monitoramento da pressão intracraniana nos desfechos em curto prazo de pacientes com lesão encefálica traumática. Métodos: Estudo retrospectivo e observacional que incluiu 299 pacientes consecutivos admitidos por lesão cerebral traumática entre janeiro de 2011 e julho de 2012 em um centro de trauma Nível 1 localizado em São Paulo (SP). Os pacientes foram categorizados em dois grupos, segundo a mensuração da pressão intracraniana (grupos com mensuração da pressão intracraniana e sem mensuração da pressão intracraniana). Aplicamos uma análise de propensão pareada para ajustar quanto a possíveis fatores de confusão (variáveis contidas no algoritmo prognóstico CRASH Score). Resultados: A mortalidade global aos 14 dias (16%) foi equivalente à observada em países desenvolvidos no estudo CRASH, e melhor que o previsto com base na calculadora de escore CRASH (20,6%), com uma proporção padronizada de mortalidade de 0,77. No total, 28 pacientes receberam monitoramento da pressão intracraniana (grupo com mensuração da pressão intracraniana), dos quais 26 foram pareados em proporção 1:1 com pacientes do grupo sem mensuração da pressão intracraniana. Não houve melhora no grupo com mensuração da pressão intracraniana em comparação àquele sem mensuração da pressão intracraniana quanto à mortalidade hospitalar, à mortalidade aos 14 dias, ou à mortalidade combinada hospitalar e em hospital de retaguarda. A sobrevivência até 14 dias foi também similar entre os grupos. Conclusão: Os pacientes que receberam monitoramento da pressão intracraniana tendem a ser portadores de lesões encefálicas mais graves. Porém, após ajustar quanto a múltiplos fatores de confusão com a utilização de um escore de propensão, não se observou qualquer benefício em termos de sobrevivência entre os pacientes com monitoramento da pressão intracraniana em relação aos tradados segundo um protocolo clínico sistematizado.Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB2015-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2015000400315Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.27 n.4 2015reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)instacron:AMIB10.5935/0103-507X.20150055info:eu-repo/semantics/openAccessFerreira,Cesar BiselliBassi,EstevãoLucena,LucasCarreta,HernandezMiranda,Leandro CostaTierno,Paulo Fernando Guimarães MazorcchiAmorim,Robson LuisZampieri,Fernando GodinhoMalbouisson,Luis Marcelo Sápor2016-04-13T00:00:00Zoai:scielo:S0103-507X2015000400315Revistahttp://www.scielo.br/rbtihttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpdiretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br1982-43350103-507Xopendoar:2016-04-13T00:00Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Mensuração da pressão intracraniana e desfechos em curto prazo de pacientes com lesão encefálica traumática: uma análise de propensão pareada |
title |
Mensuração da pressão intracraniana e desfechos em curto prazo de pacientes com lesão encefálica traumática: uma análise de propensão pareada |
spellingShingle |
Mensuração da pressão intracraniana e desfechos em curto prazo de pacientes com lesão encefálica traumática: uma análise de propensão pareada Ferreira,Cesar Biselli Traumatismos encefálicos Pressão intracraniana |
title_short |
Mensuração da pressão intracraniana e desfechos em curto prazo de pacientes com lesão encefálica traumática: uma análise de propensão pareada |
title_full |
Mensuração da pressão intracraniana e desfechos em curto prazo de pacientes com lesão encefálica traumática: uma análise de propensão pareada |
title_fullStr |
Mensuração da pressão intracraniana e desfechos em curto prazo de pacientes com lesão encefálica traumática: uma análise de propensão pareada |
title_full_unstemmed |
Mensuração da pressão intracraniana e desfechos em curto prazo de pacientes com lesão encefálica traumática: uma análise de propensão pareada |
title_sort |
Mensuração da pressão intracraniana e desfechos em curto prazo de pacientes com lesão encefálica traumática: uma análise de propensão pareada |
author |
Ferreira,Cesar Biselli |
author_facet |
Ferreira,Cesar Biselli Bassi,Estevão Lucena,Lucas Carreta,Hernandez Miranda,Leandro Costa Tierno,Paulo Fernando Guimarães Mazorcchi Amorim,Robson Luis Zampieri,Fernando Godinho Malbouisson,Luis Marcelo Sá |
author_role |
author |
author2 |
Bassi,Estevão Lucena,Lucas Carreta,Hernandez Miranda,Leandro Costa Tierno,Paulo Fernando Guimarães Mazorcchi Amorim,Robson Luis Zampieri,Fernando Godinho Malbouisson,Luis Marcelo Sá |
author2_role |
author author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ferreira,Cesar Biselli Bassi,Estevão Lucena,Lucas Carreta,Hernandez Miranda,Leandro Costa Tierno,Paulo Fernando Guimarães Mazorcchi Amorim,Robson Luis Zampieri,Fernando Godinho Malbouisson,Luis Marcelo Sá |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Traumatismos encefálicos Pressão intracraniana |
topic |
Traumatismos encefálicos Pressão intracraniana |
description |
RESUMO Objetivo: Avaliar o impacto do monitoramento da pressão intracraniana nos desfechos em curto prazo de pacientes com lesão encefálica traumática. Métodos: Estudo retrospectivo e observacional que incluiu 299 pacientes consecutivos admitidos por lesão cerebral traumática entre janeiro de 2011 e julho de 2012 em um centro de trauma Nível 1 localizado em São Paulo (SP). Os pacientes foram categorizados em dois grupos, segundo a mensuração da pressão intracraniana (grupos com mensuração da pressão intracraniana e sem mensuração da pressão intracraniana). Aplicamos uma análise de propensão pareada para ajustar quanto a possíveis fatores de confusão (variáveis contidas no algoritmo prognóstico CRASH Score). Resultados: A mortalidade global aos 14 dias (16%) foi equivalente à observada em países desenvolvidos no estudo CRASH, e melhor que o previsto com base na calculadora de escore CRASH (20,6%), com uma proporção padronizada de mortalidade de 0,77. No total, 28 pacientes receberam monitoramento da pressão intracraniana (grupo com mensuração da pressão intracraniana), dos quais 26 foram pareados em proporção 1:1 com pacientes do grupo sem mensuração da pressão intracraniana. Não houve melhora no grupo com mensuração da pressão intracraniana em comparação àquele sem mensuração da pressão intracraniana quanto à mortalidade hospitalar, à mortalidade aos 14 dias, ou à mortalidade combinada hospitalar e em hospital de retaguarda. A sobrevivência até 14 dias foi também similar entre os grupos. Conclusão: Os pacientes que receberam monitoramento da pressão intracraniana tendem a ser portadores de lesões encefálicas mais graves. Porém, após ajustar quanto a múltiplos fatores de confusão com a utilização de um escore de propensão, não se observou qualquer benefício em termos de sobrevivência entre os pacientes com monitoramento da pressão intracraniana em relação aos tradados segundo um protocolo clínico sistematizado. |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2015000400315 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2015000400315 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.5935/0103-507X.20150055 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.27 n.4 2015 reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online) instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) instacron:AMIB |
instname_str |
Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) |
instacron_str |
AMIB |
institution |
AMIB |
reponame_str |
Revista brasileira de terapia intensiva (Online) |
collection |
Revista brasileira de terapia intensiva (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) |
repository.mail.fl_str_mv |
diretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br |
_version_ |
1754212862020026368 |