Alternância de máscara nasal com pronga nasal reduz a incidência de lesão nasal moderada a grave em prematuros em uso de ventilação não invasiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Magalhães,Paulo André Freire
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: D’Amorim,Ana Carolina Gusmão, Oliveira,Elis Fernanda Araújo Lima de, Ramos,Maria Evelyne Albuquerque, Mendes,Ana Patrícia Duarte de Aquino, Barbosa,Juliana Fernandes de Souza, Reinaux,Cyda Maria Albuquerque
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2022000200247
Resumo: RESUMO Objetivo: Investigar a relação entre dispositivos de ventilação não invasiva e incidência de lesão do septo nasal em recém-nascidos pré-termo. Métodos: Este estudo de coorte retrospectivo e unicêntrico incluiu prematuros em uso de ventilação não invasiva. A incidência de lesão nasal foi comparada entre três grupos, de acordo com o dispositivo de ventilação não invasiva (G1 para máscara nasal; G2 para prongas binasais e G3 para alternância entre máscaras e prongas nasais). As lesões nasais foram classificadas de acordo com o National Pressure Ulcer Advisory Panel como estágios 1 - 4. Foram realizadas análises de regressão multivariada para estimar os riscos relativos, a fim de identificar possíveis preditores associados a lesões relacionadas a dispositivos médicos. Resultados: Entre os 300 lactentes incluídos no estudo, a incidência de lesões relacionadas a dispositivos médicos no grupo em uso alternado foi significativamente menor do que a nos grupos de máscara ou prongas de uso contínuo (n = 68; 40,48%; valor de p < 0,01). O grupo de prongas nasais apresentou mais lesões de estágio 2 (n = 15; 55,56%; p < 0,01). A permanência ≥ 7 dias em ventilação não invasiva foi associada a maior incidência de lesões relacionadas a dispositivos médicos, independentemente do dispositivo (63,81%; p < 0,01). Os incrementos diários na ventilação não invasiva aumentaram o risco de lesões nasais em 4% (IC95% 1,02 - 1,06; p < 0,01). Um maior peso ao nascer indicou proteção contra lesões relacionadas a dispositivos médicos. Cada grama extra representou diminuição de 1% no risco de desenvolver lesão do septo nasal (RR: 0,99; IC95% 0,99 - 0,99; p < 0,04). Conclusão: A alternância entre máscaras e prongas nasais reduz a incidência de lesão nasal moderada a grave em comparação com dispositivos únicos. O incremento de dias em uso de ventilação não invasiva parece contribuir para lesões relacionadas a dispositivos médicos, e um maior peso ao nascer é um fator de proteção.
id AMIB-1_61c4a7dad319fea604f03eac06fc2dce
oai_identifier_str oai:scielo:S0103-507X2022000200247
network_acronym_str AMIB-1
network_name_str Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
repository_id_str
spelling Alternância de máscara nasal com pronga nasal reduz a incidência de lesão nasal moderada a grave em prematuros em uso de ventilação não invasivaMáscarasVentilação não invasivaFatores de proteçãoSepto nasalNariz/lesõesLesões dos tecidos molesRecém-nascido prematuroRESUMO Objetivo: Investigar a relação entre dispositivos de ventilação não invasiva e incidência de lesão do septo nasal em recém-nascidos pré-termo. Métodos: Este estudo de coorte retrospectivo e unicêntrico incluiu prematuros em uso de ventilação não invasiva. A incidência de lesão nasal foi comparada entre três grupos, de acordo com o dispositivo de ventilação não invasiva (G1 para máscara nasal; G2 para prongas binasais e G3 para alternância entre máscaras e prongas nasais). As lesões nasais foram classificadas de acordo com o National Pressure Ulcer Advisory Panel como estágios 1 - 4. Foram realizadas análises de regressão multivariada para estimar os riscos relativos, a fim de identificar possíveis preditores associados a lesões relacionadas a dispositivos médicos. Resultados: Entre os 300 lactentes incluídos no estudo, a incidência de lesões relacionadas a dispositivos médicos no grupo em uso alternado foi significativamente menor do que a nos grupos de máscara ou prongas de uso contínuo (n = 68; 40,48%; valor de p < 0,01). O grupo de prongas nasais apresentou mais lesões de estágio 2 (n = 15; 55,56%; p < 0,01). A permanência ≥ 7 dias em ventilação não invasiva foi associada a maior incidência de lesões relacionadas a dispositivos médicos, independentemente do dispositivo (63,81%; p < 0,01). Os incrementos diários na ventilação não invasiva aumentaram o risco de lesões nasais em 4% (IC95% 1,02 - 1,06; p < 0,01). Um maior peso ao nascer indicou proteção contra lesões relacionadas a dispositivos médicos. Cada grama extra representou diminuição de 1% no risco de desenvolver lesão do septo nasal (RR: 0,99; IC95% 0,99 - 0,99; p < 0,04). Conclusão: A alternância entre máscaras e prongas nasais reduz a incidência de lesão nasal moderada a grave em comparação com dispositivos únicos. O incremento de dias em uso de ventilação não invasiva parece contribuir para lesões relacionadas a dispositivos médicos, e um maior peso ao nascer é um fator de proteção.Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB2022-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2022000200247Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.34 n.2 2022reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)instacron:AMIB10.5935/0103-507x.20220022-ptinfo:eu-repo/semantics/openAccessMagalhães,Paulo André FreireD’Amorim,Ana Carolina GusmãoOliveira,Elis Fernanda Araújo Lima deRamos,Maria Evelyne AlbuquerqueMendes,Ana Patrícia Duarte de AquinoBarbosa,Juliana Fernandes de SouzaReinaux,Cyda Maria Albuquerquepor2022-08-03T00:00:00Zoai:scielo:S0103-507X2022000200247Revistahttp://www.scielo.br/rbtihttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpdiretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br1982-43350103-507Xopendoar:2022-08-03T00:00Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)false
dc.title.none.fl_str_mv Alternância de máscara nasal com pronga nasal reduz a incidência de lesão nasal moderada a grave em prematuros em uso de ventilação não invasiva
title Alternância de máscara nasal com pronga nasal reduz a incidência de lesão nasal moderada a grave em prematuros em uso de ventilação não invasiva
spellingShingle Alternância de máscara nasal com pronga nasal reduz a incidência de lesão nasal moderada a grave em prematuros em uso de ventilação não invasiva
Magalhães,Paulo André Freire
Máscaras
Ventilação não invasiva
Fatores de proteção
Septo nasal
Nariz/lesões
Lesões dos tecidos moles
Recém-nascido prematuro
title_short Alternância de máscara nasal com pronga nasal reduz a incidência de lesão nasal moderada a grave em prematuros em uso de ventilação não invasiva
title_full Alternância de máscara nasal com pronga nasal reduz a incidência de lesão nasal moderada a grave em prematuros em uso de ventilação não invasiva
title_fullStr Alternância de máscara nasal com pronga nasal reduz a incidência de lesão nasal moderada a grave em prematuros em uso de ventilação não invasiva
title_full_unstemmed Alternância de máscara nasal com pronga nasal reduz a incidência de lesão nasal moderada a grave em prematuros em uso de ventilação não invasiva
title_sort Alternância de máscara nasal com pronga nasal reduz a incidência de lesão nasal moderada a grave em prematuros em uso de ventilação não invasiva
author Magalhães,Paulo André Freire
author_facet Magalhães,Paulo André Freire
D’Amorim,Ana Carolina Gusmão
Oliveira,Elis Fernanda Araújo Lima de
Ramos,Maria Evelyne Albuquerque
Mendes,Ana Patrícia Duarte de Aquino
Barbosa,Juliana Fernandes de Souza
Reinaux,Cyda Maria Albuquerque
author_role author
author2 D’Amorim,Ana Carolina Gusmão
Oliveira,Elis Fernanda Araújo Lima de
Ramos,Maria Evelyne Albuquerque
Mendes,Ana Patrícia Duarte de Aquino
Barbosa,Juliana Fernandes de Souza
Reinaux,Cyda Maria Albuquerque
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Magalhães,Paulo André Freire
D’Amorim,Ana Carolina Gusmão
Oliveira,Elis Fernanda Araújo Lima de
Ramos,Maria Evelyne Albuquerque
Mendes,Ana Patrícia Duarte de Aquino
Barbosa,Juliana Fernandes de Souza
Reinaux,Cyda Maria Albuquerque
dc.subject.por.fl_str_mv Máscaras
Ventilação não invasiva
Fatores de proteção
Septo nasal
Nariz/lesões
Lesões dos tecidos moles
Recém-nascido prematuro
topic Máscaras
Ventilação não invasiva
Fatores de proteção
Septo nasal
Nariz/lesões
Lesões dos tecidos moles
Recém-nascido prematuro
description RESUMO Objetivo: Investigar a relação entre dispositivos de ventilação não invasiva e incidência de lesão do septo nasal em recém-nascidos pré-termo. Métodos: Este estudo de coorte retrospectivo e unicêntrico incluiu prematuros em uso de ventilação não invasiva. A incidência de lesão nasal foi comparada entre três grupos, de acordo com o dispositivo de ventilação não invasiva (G1 para máscara nasal; G2 para prongas binasais e G3 para alternância entre máscaras e prongas nasais). As lesões nasais foram classificadas de acordo com o National Pressure Ulcer Advisory Panel como estágios 1 - 4. Foram realizadas análises de regressão multivariada para estimar os riscos relativos, a fim de identificar possíveis preditores associados a lesões relacionadas a dispositivos médicos. Resultados: Entre os 300 lactentes incluídos no estudo, a incidência de lesões relacionadas a dispositivos médicos no grupo em uso alternado foi significativamente menor do que a nos grupos de máscara ou prongas de uso contínuo (n = 68; 40,48%; valor de p < 0,01). O grupo de prongas nasais apresentou mais lesões de estágio 2 (n = 15; 55,56%; p < 0,01). A permanência ≥ 7 dias em ventilação não invasiva foi associada a maior incidência de lesões relacionadas a dispositivos médicos, independentemente do dispositivo (63,81%; p < 0,01). Os incrementos diários na ventilação não invasiva aumentaram o risco de lesões nasais em 4% (IC95% 1,02 - 1,06; p < 0,01). Um maior peso ao nascer indicou proteção contra lesões relacionadas a dispositivos médicos. Cada grama extra representou diminuição de 1% no risco de desenvolver lesão do septo nasal (RR: 0,99; IC95% 0,99 - 0,99; p < 0,04). Conclusão: A alternância entre máscaras e prongas nasais reduz a incidência de lesão nasal moderada a grave em comparação com dispositivos únicos. O incremento de dias em uso de ventilação não invasiva parece contribuir para lesões relacionadas a dispositivos médicos, e um maior peso ao nascer é um fator de proteção.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-06-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2022000200247
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2022000200247
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.5935/0103-507x.20220022-pt
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB
publisher.none.fl_str_mv Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.34 n.2 2022
reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
instacron:AMIB
instname_str Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
instacron_str AMIB
institution AMIB
reponame_str Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
collection Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
repository.mail.fl_str_mv diretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br
_version_ 1754212869058068480