A doença oncológica não deve ser um fator limitante para admissão na UTI de pacientes submetidos a cirurgias de alto risco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amendola,Cristina P.
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Almeida,Samantha L. S., Horta,Vanessa M., Sousa,Érica, Gusmão,Célio A. B., Sousa,José M A., Silva Júnior,João M., Rezende,Ederlon
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2006000300006
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A doença oncológica per se é uma condição que muitas vezes influencia no tratamento dispensado ao paciente. O objetivo do presente estudo foi comparar o desfecho hospitalar de pacientes oncológicos e não oncológicos submetidos à procedimentos cirúrgicos eletivos com alto risco de óbito. MÉTODO: Estudo de coorte prospectivo observacional, realizado em UTI de hospital terciário no período de 01 de abril a 31 de julho de 2005. Foram coletados dados demográficos, escore APACHE II, MODS, variáveis hemodinâmicas, laboratoriais e avaliadas complicações definidas como re-operação, necessidade de ventilação mecânica, transfusão sangüínea e uso de cateter de artéria pulmonar no pós-operatório desses pacientes. Todos foram acompanhados até alta ou o óbito hospitalar. Para variáveis numéricas foi utilizado o teste t de Student e Mann-Whitney, para variáveis categóricas o teste do Qui-quadrado sendo considerado significativo o valor de p < 0,05. RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 119 pacientes, 43 não oncológicos e 76 oncológicos, 52,9% eram do sexo feminino. A média de idade foi 65,1 ± 14,1 anos, o escore médio de APACHE II 16,5 ± 5,8 e a mediana do MODS de 3 (2-6). A duração mediana da intervenção cirúrgica foi de 5 (3,3-7) horas e a mortalidade na UTI e hospitalar foram 10,9% e 25,2%, respectivamente. Os pacientes oncológicos apresentaram maiores tempos de internação hospitalar e de internação antes da cirurgia, sendo estes resultados estatisticamente significativos. A mortalidade hospitalar dos pacientes oncológicos não foi superior a dos pacientes sem neoplasia (22,4% versus 30,2%, p = 0,32). CONCLUSÕES: Nesta observação os pacientes oncológicos, submetidos à procedimentos cirúrgicos de alto risco, apresentaram mortalidade semelhante aos pacientes não oncológicos com gravidade de doença similar.
id AMIB-1_9084f244eac0a4a294c73668fcd100d1
oai_identifier_str oai:scielo:S0103-507X2006000300006
network_acronym_str AMIB-1
network_name_str Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
repository_id_str
spelling A doença oncológica não deve ser um fator limitante para admissão na UTI de pacientes submetidos a cirurgias de alto riscocirurgia de alto riscomortalidadepaciente oncológicoprognósticoJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A doença oncológica per se é uma condição que muitas vezes influencia no tratamento dispensado ao paciente. O objetivo do presente estudo foi comparar o desfecho hospitalar de pacientes oncológicos e não oncológicos submetidos à procedimentos cirúrgicos eletivos com alto risco de óbito. MÉTODO: Estudo de coorte prospectivo observacional, realizado em UTI de hospital terciário no período de 01 de abril a 31 de julho de 2005. Foram coletados dados demográficos, escore APACHE II, MODS, variáveis hemodinâmicas, laboratoriais e avaliadas complicações definidas como re-operação, necessidade de ventilação mecânica, transfusão sangüínea e uso de cateter de artéria pulmonar no pós-operatório desses pacientes. Todos foram acompanhados até alta ou o óbito hospitalar. Para variáveis numéricas foi utilizado o teste t de Student e Mann-Whitney, para variáveis categóricas o teste do Qui-quadrado sendo considerado significativo o valor de p < 0,05. RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 119 pacientes, 43 não oncológicos e 76 oncológicos, 52,9% eram do sexo feminino. A média de idade foi 65,1 ± 14,1 anos, o escore médio de APACHE II 16,5 ± 5,8 e a mediana do MODS de 3 (2-6). A duração mediana da intervenção cirúrgica foi de 5 (3,3-7) horas e a mortalidade na UTI e hospitalar foram 10,9% e 25,2%, respectivamente. Os pacientes oncológicos apresentaram maiores tempos de internação hospitalar e de internação antes da cirurgia, sendo estes resultados estatisticamente significativos. A mortalidade hospitalar dos pacientes oncológicos não foi superior a dos pacientes sem neoplasia (22,4% versus 30,2%, p = 0,32). CONCLUSÕES: Nesta observação os pacientes oncológicos, submetidos à procedimentos cirúrgicos de alto risco, apresentaram mortalidade semelhante aos pacientes não oncológicos com gravidade de doença similar.Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB2006-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2006000300006Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.18 n.3 2006reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)instacron:AMIB10.1590/S0103-507X2006000300006info:eu-repo/semantics/openAccessAmendola,Cristina P.Almeida,Samantha L. S.Horta,Vanessa M.Sousa,ÉricaGusmão,Célio A. B.Sousa,José M A.Silva Júnior,João M.Rezende,Ederlonpor2008-04-30T00:00:00Zoai:scielo:S0103-507X2006000300006Revistahttp://www.scielo.br/rbtihttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpdiretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br1982-43350103-507Xopendoar:2008-04-30T00:00Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)false
dc.title.none.fl_str_mv A doença oncológica não deve ser um fator limitante para admissão na UTI de pacientes submetidos a cirurgias de alto risco
title A doença oncológica não deve ser um fator limitante para admissão na UTI de pacientes submetidos a cirurgias de alto risco
spellingShingle A doença oncológica não deve ser um fator limitante para admissão na UTI de pacientes submetidos a cirurgias de alto risco
Amendola,Cristina P.
cirurgia de alto risco
mortalidade
paciente oncológico
prognóstico
title_short A doença oncológica não deve ser um fator limitante para admissão na UTI de pacientes submetidos a cirurgias de alto risco
title_full A doença oncológica não deve ser um fator limitante para admissão na UTI de pacientes submetidos a cirurgias de alto risco
title_fullStr A doença oncológica não deve ser um fator limitante para admissão na UTI de pacientes submetidos a cirurgias de alto risco
title_full_unstemmed A doença oncológica não deve ser um fator limitante para admissão na UTI de pacientes submetidos a cirurgias de alto risco
title_sort A doença oncológica não deve ser um fator limitante para admissão na UTI de pacientes submetidos a cirurgias de alto risco
author Amendola,Cristina P.
author_facet Amendola,Cristina P.
Almeida,Samantha L. S.
Horta,Vanessa M.
Sousa,Érica
Gusmão,Célio A. B.
Sousa,José M A.
Silva Júnior,João M.
Rezende,Ederlon
author_role author
author2 Almeida,Samantha L. S.
Horta,Vanessa M.
Sousa,Érica
Gusmão,Célio A. B.
Sousa,José M A.
Silva Júnior,João M.
Rezende,Ederlon
author2_role author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Amendola,Cristina P.
Almeida,Samantha L. S.
Horta,Vanessa M.
Sousa,Érica
Gusmão,Célio A. B.
Sousa,José M A.
Silva Júnior,João M.
Rezende,Ederlon
dc.subject.por.fl_str_mv cirurgia de alto risco
mortalidade
paciente oncológico
prognóstico
topic cirurgia de alto risco
mortalidade
paciente oncológico
prognóstico
description JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A doença oncológica per se é uma condição que muitas vezes influencia no tratamento dispensado ao paciente. O objetivo do presente estudo foi comparar o desfecho hospitalar de pacientes oncológicos e não oncológicos submetidos à procedimentos cirúrgicos eletivos com alto risco de óbito. MÉTODO: Estudo de coorte prospectivo observacional, realizado em UTI de hospital terciário no período de 01 de abril a 31 de julho de 2005. Foram coletados dados demográficos, escore APACHE II, MODS, variáveis hemodinâmicas, laboratoriais e avaliadas complicações definidas como re-operação, necessidade de ventilação mecânica, transfusão sangüínea e uso de cateter de artéria pulmonar no pós-operatório desses pacientes. Todos foram acompanhados até alta ou o óbito hospitalar. Para variáveis numéricas foi utilizado o teste t de Student e Mann-Whitney, para variáveis categóricas o teste do Qui-quadrado sendo considerado significativo o valor de p < 0,05. RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 119 pacientes, 43 não oncológicos e 76 oncológicos, 52,9% eram do sexo feminino. A média de idade foi 65,1 ± 14,1 anos, o escore médio de APACHE II 16,5 ± 5,8 e a mediana do MODS de 3 (2-6). A duração mediana da intervenção cirúrgica foi de 5 (3,3-7) horas e a mortalidade na UTI e hospitalar foram 10,9% e 25,2%, respectivamente. Os pacientes oncológicos apresentaram maiores tempos de internação hospitalar e de internação antes da cirurgia, sendo estes resultados estatisticamente significativos. A mortalidade hospitalar dos pacientes oncológicos não foi superior a dos pacientes sem neoplasia (22,4% versus 30,2%, p = 0,32). CONCLUSÕES: Nesta observação os pacientes oncológicos, submetidos à procedimentos cirúrgicos de alto risco, apresentaram mortalidade semelhante aos pacientes não oncológicos com gravidade de doença similar.
publishDate 2006
dc.date.none.fl_str_mv 2006-09-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2006000300006
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2006000300006
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0103-507X2006000300006
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB
publisher.none.fl_str_mv Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.18 n.3 2006
reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
instacron:AMIB
instname_str Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
instacron_str AMIB
institution AMIB
reponame_str Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
collection Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
repository.mail.fl_str_mv diretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br
_version_ 1754212855963451392