Implantação de um time de resposta rápida em um grande hospital filantrópico brasileiro: melhora na qualidade dos cuidados de emergência por meio do ciclo Planejar-Fazer-Estudar-Agir

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida,Meire Cavalieri
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Portela,Margareth Crisóstomo, Paiva,Elenir Pereira, Guimarães,Raquel Rodrigues, Pereira Neto,Wilson Coelho, Cardoso,Priscila Rodrigues, Mattos,Daniel Angelo de, Mendes,Izabela Maria Alvim de Castro Cunha, Tavares,Marcus Vinicius, Jácome,Guillermo Patrício Ortega, Fernandes,Guilherme Côrtes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2019000200217
Resumo: RESUMO Objetivo: Descrever a implantação de um time de resposta rápida em um grande hospital filantrópico, indicando as questões relevantes para as iniciativas em contextos similares, particularmente na América Latina. Métodos: Em termos gerais, a intervenção consistiu em três componentes principais: (1) uma ferramenta para detecção de agravamento das condições clínicas nas enfermarias gerais; (2) estruturação de time de resposta rápida capaz de atender a todos os pacientes em risco; e (3) monitoramento dos indicadores relacionados à intervenção. Este trabalho empregou quatro ciclos semestrais (Planejar-Fazer-Estudar-Agir), com a finalidade de testar e ajustar a intervenção, entre janeiro de 2013 e dezembro de 2014. Resultados: Entre 2013 e 2014, o time de resposta rápida atendeu 2.296 pacientes. Houve redução não significante da mortalidade de 8,3% no ciclo 1, para 5,0% no ciclo 4; contudo, o número de óbitos permaneceu estável nos ciclos 3 e 4, com frequência de 5,2% e 5,0%, respectivamente. Com relação ao fluxo de pacientes e cuidados críticos continuados − uma premissa do time de resposta rápida −, houve decréscimo no tempo de espera por um leito na unidade de terapia intensiva, com diminuição de 45,9% para 19,0% na frequência de pacientes hospitalizados que não puderam ser imediatamente admitidos após a indicação (p < 0,001), representando melhora no fluxo de pacientes do hospital; ocorreu também aumento no reconhecimento de pacientes para cuidados paliativos, de 2,8% para 10,3% (p = 0,005). Conclusão: A implantação de um time de resposta rápida pode trazer benefícios nos contextos em que ocorrem restrições estruturais, como falta de leitos em unidades de terapia intensiva, porém há necessidade de alguns ajustes.
id AMIB-1_e0e11390cb1dbd3c32469365d709b319
oai_identifier_str oai:scielo:S0103-507X2019000200217
network_acronym_str AMIB-1
network_name_str Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
repository_id_str
spelling Implantação de um time de resposta rápida em um grande hospital filantrópico brasileiro: melhora na qualidade dos cuidados de emergência por meio do ciclo Planejar-Fazer-Estudar-AgirQualidade da assistência à saúdeAssistência hospitalarServiços médicos de emergênciaTime de respostas rápidas de hospitaisGarantia da qualidade dos cuidados de saúdeInovação organizacionalAmérica LatinaRESUMO Objetivo: Descrever a implantação de um time de resposta rápida em um grande hospital filantrópico, indicando as questões relevantes para as iniciativas em contextos similares, particularmente na América Latina. Métodos: Em termos gerais, a intervenção consistiu em três componentes principais: (1) uma ferramenta para detecção de agravamento das condições clínicas nas enfermarias gerais; (2) estruturação de time de resposta rápida capaz de atender a todos os pacientes em risco; e (3) monitoramento dos indicadores relacionados à intervenção. Este trabalho empregou quatro ciclos semestrais (Planejar-Fazer-Estudar-Agir), com a finalidade de testar e ajustar a intervenção, entre janeiro de 2013 e dezembro de 2014. Resultados: Entre 2013 e 2014, o time de resposta rápida atendeu 2.296 pacientes. Houve redução não significante da mortalidade de 8,3% no ciclo 1, para 5,0% no ciclo 4; contudo, o número de óbitos permaneceu estável nos ciclos 3 e 4, com frequência de 5,2% e 5,0%, respectivamente. Com relação ao fluxo de pacientes e cuidados críticos continuados − uma premissa do time de resposta rápida −, houve decréscimo no tempo de espera por um leito na unidade de terapia intensiva, com diminuição de 45,9% para 19,0% na frequência de pacientes hospitalizados que não puderam ser imediatamente admitidos após a indicação (p < 0,001), representando melhora no fluxo de pacientes do hospital; ocorreu também aumento no reconhecimento de pacientes para cuidados paliativos, de 2,8% para 10,3% (p = 0,005). Conclusão: A implantação de um time de resposta rápida pode trazer benefícios nos contextos em que ocorrem restrições estruturais, como falta de leitos em unidades de terapia intensiva, porém há necessidade de alguns ajustes.Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB2019-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2019000200217Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.31 n.2 2019reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)instacron:AMIB10.5935/0103-507x.20190036info:eu-repo/semantics/openAccessAlmeida,Meire CavalieriPortela,Margareth CrisóstomoPaiva,Elenir PereiraGuimarães,Raquel RodriguesPereira Neto,Wilson CoelhoCardoso,Priscila RodriguesMattos,Daniel Angelo deMendes,Izabela Maria Alvim de Castro CunhaTavares,Marcus ViniciusJácome,Guillermo Patrício OrtegaFernandes,Guilherme Côrtespor2019-06-19T00:00:00Zoai:scielo:S0103-507X2019000200217Revistahttp://www.scielo.br/rbtihttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpdiretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br1982-43350103-507Xopendoar:2019-06-19T00:00Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)false
dc.title.none.fl_str_mv Implantação de um time de resposta rápida em um grande hospital filantrópico brasileiro: melhora na qualidade dos cuidados de emergência por meio do ciclo Planejar-Fazer-Estudar-Agir
title Implantação de um time de resposta rápida em um grande hospital filantrópico brasileiro: melhora na qualidade dos cuidados de emergência por meio do ciclo Planejar-Fazer-Estudar-Agir
spellingShingle Implantação de um time de resposta rápida em um grande hospital filantrópico brasileiro: melhora na qualidade dos cuidados de emergência por meio do ciclo Planejar-Fazer-Estudar-Agir
Almeida,Meire Cavalieri
Qualidade da assistência à saúde
Assistência hospitalar
Serviços médicos de emergência
Time de respostas rápidas de hospitais
Garantia da qualidade dos cuidados de saúde
Inovação organizacional
América Latina
title_short Implantação de um time de resposta rápida em um grande hospital filantrópico brasileiro: melhora na qualidade dos cuidados de emergência por meio do ciclo Planejar-Fazer-Estudar-Agir
title_full Implantação de um time de resposta rápida em um grande hospital filantrópico brasileiro: melhora na qualidade dos cuidados de emergência por meio do ciclo Planejar-Fazer-Estudar-Agir
title_fullStr Implantação de um time de resposta rápida em um grande hospital filantrópico brasileiro: melhora na qualidade dos cuidados de emergência por meio do ciclo Planejar-Fazer-Estudar-Agir
title_full_unstemmed Implantação de um time de resposta rápida em um grande hospital filantrópico brasileiro: melhora na qualidade dos cuidados de emergência por meio do ciclo Planejar-Fazer-Estudar-Agir
title_sort Implantação de um time de resposta rápida em um grande hospital filantrópico brasileiro: melhora na qualidade dos cuidados de emergência por meio do ciclo Planejar-Fazer-Estudar-Agir
author Almeida,Meire Cavalieri
author_facet Almeida,Meire Cavalieri
Portela,Margareth Crisóstomo
Paiva,Elenir Pereira
Guimarães,Raquel Rodrigues
Pereira Neto,Wilson Coelho
Cardoso,Priscila Rodrigues
Mattos,Daniel Angelo de
Mendes,Izabela Maria Alvim de Castro Cunha
Tavares,Marcus Vinicius
Jácome,Guillermo Patrício Ortega
Fernandes,Guilherme Côrtes
author_role author
author2 Portela,Margareth Crisóstomo
Paiva,Elenir Pereira
Guimarães,Raquel Rodrigues
Pereira Neto,Wilson Coelho
Cardoso,Priscila Rodrigues
Mattos,Daniel Angelo de
Mendes,Izabela Maria Alvim de Castro Cunha
Tavares,Marcus Vinicius
Jácome,Guillermo Patrício Ortega
Fernandes,Guilherme Côrtes
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Almeida,Meire Cavalieri
Portela,Margareth Crisóstomo
Paiva,Elenir Pereira
Guimarães,Raquel Rodrigues
Pereira Neto,Wilson Coelho
Cardoso,Priscila Rodrigues
Mattos,Daniel Angelo de
Mendes,Izabela Maria Alvim de Castro Cunha
Tavares,Marcus Vinicius
Jácome,Guillermo Patrício Ortega
Fernandes,Guilherme Côrtes
dc.subject.por.fl_str_mv Qualidade da assistência à saúde
Assistência hospitalar
Serviços médicos de emergência
Time de respostas rápidas de hospitais
Garantia da qualidade dos cuidados de saúde
Inovação organizacional
América Latina
topic Qualidade da assistência à saúde
Assistência hospitalar
Serviços médicos de emergência
Time de respostas rápidas de hospitais
Garantia da qualidade dos cuidados de saúde
Inovação organizacional
América Latina
description RESUMO Objetivo: Descrever a implantação de um time de resposta rápida em um grande hospital filantrópico, indicando as questões relevantes para as iniciativas em contextos similares, particularmente na América Latina. Métodos: Em termos gerais, a intervenção consistiu em três componentes principais: (1) uma ferramenta para detecção de agravamento das condições clínicas nas enfermarias gerais; (2) estruturação de time de resposta rápida capaz de atender a todos os pacientes em risco; e (3) monitoramento dos indicadores relacionados à intervenção. Este trabalho empregou quatro ciclos semestrais (Planejar-Fazer-Estudar-Agir), com a finalidade de testar e ajustar a intervenção, entre janeiro de 2013 e dezembro de 2014. Resultados: Entre 2013 e 2014, o time de resposta rápida atendeu 2.296 pacientes. Houve redução não significante da mortalidade de 8,3% no ciclo 1, para 5,0% no ciclo 4; contudo, o número de óbitos permaneceu estável nos ciclos 3 e 4, com frequência de 5,2% e 5,0%, respectivamente. Com relação ao fluxo de pacientes e cuidados críticos continuados − uma premissa do time de resposta rápida −, houve decréscimo no tempo de espera por um leito na unidade de terapia intensiva, com diminuição de 45,9% para 19,0% na frequência de pacientes hospitalizados que não puderam ser imediatamente admitidos após a indicação (p < 0,001), representando melhora no fluxo de pacientes do hospital; ocorreu também aumento no reconhecimento de pacientes para cuidados paliativos, de 2,8% para 10,3% (p = 0,005). Conclusão: A implantação de um time de resposta rápida pode trazer benefícios nos contextos em que ocorrem restrições estruturais, como falta de leitos em unidades de terapia intensiva, porém há necessidade de alguns ajustes.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-06-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2019000200217
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2019000200217
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.5935/0103-507x.20190036
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB
publisher.none.fl_str_mv Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.31 n.2 2019
reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
instacron:AMIB
instname_str Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
instacron_str AMIB
institution AMIB
reponame_str Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
collection Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
repository.mail.fl_str_mv diretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br
_version_ 1754212866476474368