ASSIMETRIAS DA ANTROPOLOGIA SIMÉTRICA DE BRUNO LATOUR

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bachur,João Paulo
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ciências Sociais
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092016000300511
Resumo: Bruno Latour oferece uma das mais interessantes críticas à modernidade ocidental. Seu postulado básico é considerar equanimemente humanos e não humanos, tratando de maneira rigorosamente simétrica o social, a natureza e o discurso. O artigo avalia em que medida a simetria é preservada à luz de quatro pontos críticos: a rede de atores é na verdade uma ferramenta discursiva, na qual o peso de humanos e não humanos é atribuído pelo observador em sua narrativa; ao lidar com a relação entre signos e coisas, o conceito de black-boxing acaba por impor um viés tecnicista na compreensão do discurso; o pluralismo ontológico dos modos de existência não supera, em última instância, a pressuposição de uma teoria da diferenciação social latente, nos moldes clássicos da sociologia; e, por fim, enquanto a técnica, a ciência e o direito são desmistificados pela antropologia dos modernos, a política preserva um status idealizado, distante das práticas políticas reais e rotineiras.
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