Capitalismo dos técnicos e democracia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Ciências Sociais |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092005000300009 |
Resumo: | A previsão de Galbraith em 1967 de que o conhecimento estava substituindo o capital como o fator estratégico de produção mostrou-se verdadeira. O papel estratégico desempenhado pelo conhecimento técnico, organizacional e comunicativo, juntamente com a o surgimento das organizações, como as unidades básicas de produção, deu origem a uma nova classe social - a classe média profissional -, caracterizada pela propriedade coletiva das organizações. No entanto, o surgimento da classe dos técnicos não implicou o aparecimento de um novo sistema social, nem envolveu a concentração de poder político nas mãos da nova classe. A economia continuou sendo controlada pelo mercado e orientada para o lucro, e, portanto, capitalista. Em vez de capitalismo clássico, o que temos é um capitalismo dos técnicos, ou um capitalismo do conhecimento - um sistema em que capitalistas e técnicos dividem lucro e poder, ao mesmo tempo em que lutam por eles. No entanto, como a democracia se tornou também o regime político dominante no século XX, ambas as classes perderam poder para os cidadãos e para os políticos que os representam. A longo prazo, no conflito por poder com os capitalistas, a posição dos técnicos dependerá de sua capacidade, já algumas vezes comprovada, de aliar-se ao povo. |
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