A desforra de Hume

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas,Renan Springer de
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ciências Sociais
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092000000100002
Resumo: Alexandre Koyré denominou a revolução científica do século XVII "a desforra de Platão". O autor sugere que o século XX assistiu a uma desforra bem menos espetacular, a do naturalismo de David Hume. Refere-se, com este termo, à tese de que qualquer projeto epistemológico concebível está, de saída, fadado ao fracasso uma vez que não há nada a ser dito a respeito do conhecimento a não ser aquilo que possa vir a resultar de uma investigação sobre as origens das crenças das pessoas. Neste século, esta tese encontrou eco nos pensamentos de Dewey e de Wittgenstein, e culminou na "sociologia forte do conhecimento" de David Bloor, no pragmatismo wittgensteiniano de Richard Rorty e na "antropologia simétrica" de Bruno Latour. O autor argumenta que estas diferentes versões do naturalismo humiano repousam sobre uma concepção pré-darwiniana do conhecimento, a qual deveria ser substituída por uma visão genuinamente darwiniana.
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