DINÂMICAS DE FUNCIONAMENTO E CONTROLE DO PODER NOS PARTIDOS POLÍTICOS: OS CASOS DO PT E PSDB NO ESTADO DE SÃO PAULO
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Ciências Sociais |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092018000100509 |
Resumo: | O objetivo deste artigo foi investigar o desenvolvimento organizativo e o funcionamento interno do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) no nível subnacional, especificamente no Estado de São Paulo, onde ambos têm presença marcante e grande desempenho eleitoral no período de 1994 a 2016. Com base no modelo de Panebianco (2005), realizamos entrevistas com lideranças estaduais e constatamos que ambos os partidos são organizações prioritariamente orientadas para o controle do poder (governo) estadual, combinando discursos ideológico-programáticos abrangentes, mecanismos de seleção de candidatos, controle da distribuição de recursos e da organização territorial relativamente centralizados nos respectivos diretórios estaduais, além de estratégias (distintas) de mobilização e participação de suas bases sociais. No entanto, embora o conceito de modelo genético de Panebianco explique adequadamente as diferenças organizacionais entre PSDB (mais próximo do modelo social-liberal de estilo gerencial) e PT (mais próximo do social-democrático de estilo participativo), não explica a grande diferença de desempenho eleitoral entre eles. Supomos que a dominância do PSDB nesses vinte anos encontra explicação, ao menos parcial, na combinação entre modelo genético (social-liberal) e tipo de coalizão (coesa-estável), o que nos levou à hipótese – a ser testada em outra pesquisa – de que o eleitorado potencial desse partido é maior do que o do PT porque abarca uma ampla e crescente classe média de perfil conservador, tanto no rico interior do estado como na Região Metropolitana de São Paulo. |
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DINÂMICAS DE FUNCIONAMENTO E CONTROLE DO PODER NOS PARTIDOS POLÍTICOS: OS CASOS DO PT E PSDB NO ESTADO DE SÃO PAULOOrganização partidáriaPoder intrapartidárioPTPSDBSubsistema paulistaO objetivo deste artigo foi investigar o desenvolvimento organizativo e o funcionamento interno do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) no nível subnacional, especificamente no Estado de São Paulo, onde ambos têm presença marcante e grande desempenho eleitoral no período de 1994 a 2016. Com base no modelo de Panebianco (2005), realizamos entrevistas com lideranças estaduais e constatamos que ambos os partidos são organizações prioritariamente orientadas para o controle do poder (governo) estadual, combinando discursos ideológico-programáticos abrangentes, mecanismos de seleção de candidatos, controle da distribuição de recursos e da organização territorial relativamente centralizados nos respectivos diretórios estaduais, além de estratégias (distintas) de mobilização e participação de suas bases sociais. No entanto, embora o conceito de modelo genético de Panebianco explique adequadamente as diferenças organizacionais entre PSDB (mais próximo do modelo social-liberal de estilo gerencial) e PT (mais próximo do social-democrático de estilo participativo), não explica a grande diferença de desempenho eleitoral entre eles. Supomos que a dominância do PSDB nesses vinte anos encontra explicação, ao menos parcial, na combinação entre modelo genético (social-liberal) e tipo de coalizão (coesa-estável), o que nos levou à hipótese – a ser testada em outra pesquisa – de que o eleitorado potencial desse partido é maior do que o do PT porque abarca uma ampla e crescente classe média de perfil conservador, tanto no rico interior do estado como na Região Metropolitana de São Paulo.Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais - ANPOCS2018-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092018000100509Revista Brasileira de Ciências Sociais v.33 n.96 2018reponame:Revista Brasileira de Ciências Sociaisinstname:Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS)instacron:ANPOCS10.17666/339614/2018info:eu-repo/semantics/openAccessBraga,Maria do Socorro S.Costa,Valeriano M.Fernandes,Jean Lucas M.por2018-11-27T00:00:00Zoai:scielo:S0102-69092018000100509Revistahttp://www.scielo.br/revistas/rbcsoc/iaboutj.htmhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||anpocs@anpocs.org.br1806-90530102-6909opendoar:2018-11-27T00:00Revista Brasileira de Ciências Sociais - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS)false |
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